Na Geórgia deram Biden como vencedor após recontagem mas voltaram atrás
A autoridade eleitoral da Geórgia retratou-se hoje da certificação dos resultados que deram a vitória no estado ao candidato democrata Joe Biden, adiantando que espera concluir a recontagem dos votos até ao fim do dia.
© Megan Varner/Getty Images
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Segundo a imprensa local, pouco depois de ter anunciado que Biden se impôs ao republicano Donald Trump na Geórgia por pouco mais de 12.000 votos, a autoridade eleitoral aclarou que o processo de certificação ainda estava incompleto.
O diário The New York Times referiu que a confusão se deveu ao facto de um funcionário da autoridade eleitoral ter enviado, erradamente, a declaração que dava por finalizada a certificação.
"Houve um membro do pessoal da autoridade que enviou, por erro, o comunicado de imprensa", indicou a subsecretária de estado da Geórgia, Jordan Fuchs, adiantando que espera ter a certificação concluída às 17:00 locais (22:00 em Lisboa)
A Geórgia, onde se realizou uma recontagem manual dos votos devido à pequena diferença do número de votos entre Biden e Trump, era um dos "estados chave" das eleições presidenciais norte-americanas de 03 deste mês, que permite ao candidato vencedor obter 16 delegados para o Colégio Eleitoral.
Horas antes, o secretário de Estado da Geórgia, o republicano Brad Raffensperger, encarregado de certificar os resultados, confirmou a vitória de Biden, garantindo que "os números não mentem".
"Vivo sob o lema de que os números não mentem. Creio que os números apresentados hoje são os corretos", afirmou Raffensperger numa conferência de imprensa no Capitólio estatal da Geórgia.
O anúncio supunha um golpe nas intenções de Trump dar a volta aos resultados nas eleições em vários "estados chave", depois de Biden ter sido declarado vencedor, a 07 deste mês, quatro dias após a votação, pela quase totalidade dos principais órgãos de comunicação social norte-americanos
Desde então, Trump ainda não reconheceu a derrota e alega, apesar de não apresentar provas, fraude eleitoral.
Trump e aliados difundiram a teoria, desmentida por Raffensperger -- que recebeu, depois, ameaças de morte -, de que, na Geórgia, os votos enviados pelo correio não podem ser verificados, dando a ideia de que até eleitores mortos poderiam ter votado.
Os resultados da recontagem, divulgados na noite de quinta-feira, confirmaram a vitória de Biden, depois de a contagem inicial ter dado ao candidato democrata apenas cerca de 14.000 votos de vantagem sobre Trump.
A margem de vitória foi tão pequena que foi feita uma recontagem manual. A diferença diminuiu ligeiramente, ficando Joe Biden agora com pouco mais de 12.200 votos à frente.
A diferença entre os dois candidatos é ainda muito pequena e Trump, que contesta a derrota, pode solicitar uma outra recontagem, esclareceu o gabinete do secretário de estado da Geórgia, responsável pelas eleições.
A vitória de Biden alarga a vantagem no Colégio Eleitoral sobre o recandidato republicano à Casa Branca.
Biden foi declarado vencedor das eleições presidenciais a 07 de novembro, depois de ter conquistado três importantes estados: Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.
Biden tem 306 delegados ao Colégio Eleitoral, contra os 232 de Trump.
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