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China admite aderir a pacto transpacífico abandonado por Trump

A China está a analisar a opção de aderir a um acordo de comércio livre transpacífico, que foi promovido pelos Estados Unidos mas abandonado por Donald Trump, declarou hoje o Presidente Xi Jinping.

China admite aderir a pacto transpacífico abandonado por Trump
Notícias ao Minuto

19:13 - 20/11/20 por Lusa

Mundo China

Esta parceria transpacífica global (CPTPP) constitui uma versão atualizada do pacto de comércio livre transpacífico (TPP), inicialmente apoiado pelo antigo Presidente dos EUA, Barack Obama, com o objetivo de contrariar o crescente aumento da influência da China na Ásia.

Donald Trump retirou o seu país deste acordo em janeiro de 2017 ao denunciar os acordos multilaterais "desfavoráveis", mas 11 países acabaram por assinar uma nova versão deste pacto.

Ao dirigir-se à reunião do Fórum económico Ásia-Pacífico (Apec), Xi Jinping declarou que os seus países membros deveriam "continuar a promover a cooperação económica regional e estabelecer em breve uma zona de comércio livre Ásia-Pacífico".

A China "admitirá juntar-se plenamente" à CPTPP, assegurou, citado pelos media estatais chineses.

Trump participou esta semana na cimeira virtual da Apec, organizada pela Malásia. O atual inquilino da Casa Branca, que continua a rejeitar a sua derrota nas eleições presidenciais norte-americanas, não participava desde 2017 numa reunião da Apec, no que foi entendido na Ásia como um sinal de desinteresse.

As declarações de Xi Jinping surgem apenas alguns dias após a China e outros 14 países da Ásia e Pacífico terem assinado um acordo comercial promovido por Pequim destinado à formação de uma gigantesca zona de livre comércio.

Segundo os analistas estas Parceria regional económica global (RCEP) constitui o acordo comercial mais importante do mundo em termos de produto interno bruto (PIB), e abrange mais de dois mil milhões de habitantes.

Esta acordo, cujos membros representam 30% do PIB mundial e que exclui os Estados Unidos, foi considerado um importante sucesso para a China, num momento em que os EUA batem em retirada.

Deborah Elms, especialista em comércio internacional sediada em Singapura, considerou que caso a China adira ao CPTPP, outros países poderão optar pela mesma decisão.

"Se a declaração de interesses de Xi for concretizada nas próximas semanas ou meses, irá decerto suscitar muitas questões por parte dos atuais membros, de membros potenciais e de outros que não pensam de todo aderir ao CPTPP", assinalou, citada pela agência noticiosa AFP.

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