Grécia regista novo recorde de mortes, com 72 nas últimas 24 horas
A Grécia registou hoje um novo recorde de mortes por covid-19, com 72 óbitos, enquanto o nível de infeções continua alto apesar do confinamento que cumpre duas semanas neste sábado.
© Getty Images
Mundo Covid-19
De acordo com os dados divulgados hoje pela Organização Nacional de Saúde Pública, foram registadas 2.581 novas infeções nas últimas 24 horas, elevando o total de contágios desde o início da pandemia para 87.812.
Com as 72 mortes no dia de hoje, o total subiu para 1.419.
O aumento para 519 pessoas ligadas a um ventilador é especialmente preocupante, tendo em conta que a situação nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) está a chegar ao limite.
Em toda a Grécia, apenas 15% das vagas para doentes covid-19 estão disponíveis nas UCI, e em Salónica, a segunda maior cidade do país, a capacidade é praticamente nula na saúde pública, tendo o Governo requisitado hoje duas clínicas privadas.
O despacho publicado hoje no Diário Oficial do Estado é válido por duas semanas e estipula que as duas clínicas em questão devem ceder todo o seu pessoal e instalações aos meios do Estado.
Na semana passada, o Governo do primeiro-ministro conservador, Kyriakos Mitsotakis, tinha pedido aos hospitais da rede privada que disponibilizassem 200 camas para o tratamento de pacientes com SARS-CoV-2 que não precisassem de cuidados intensivos, mas nenhum se demonstrou disposto.
O presidente da Associação Pan-helénica de Clínicas Privadas, Grigoris Sarafianos, afirmou hoje que os hospitais recusaram disponibilizar as camas porque nas clínicas privadas o pessoal médico não tem a experiência da Saúde Pública para tratar casos do novo coronavírus.
Além disso, afirmou, os pacientes têm medo de entrar em contacto com pessoas contagiadas e nas clínicas privadas não há possibilidade de isolar os doentes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.360.914 mortos resultantes de mais de 56,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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