Escassez de crianças no extremo Oriente compromete futuro
Política para reduzir a natalidade pode pôr em causa o desenvolvimento no extremo Oriente.
© Reuters
Mundo Natalidade
Houve tempos, na Coreia do Sul, em que cada mulher tinha, em média, seis filhos. Quando, em 1961, Park Chung Hee chegou ao poder, passou a defender-se a ideia de uma "família pequena e próspera", e assim, se tentava combater a pobreza no país.
As novas políticas, a par de um maior incentivo à educação das mulheres, tiveram efeitos ao longo dos anos. Em 1975, a média de filhos por família passou para 3,5; em 1990 para 1,08 e em 2019 essa valor ficou abaixo de 1.
E este valor é um dos mais baixos no mundo, escreve o La Vanguardia, numa peça onde afirma que faltam crianças no extremo Oriente. Segundo a mesma publicação, é necessária uma média de 2,1 para a população se manter estável, pelo que se prevê que num espaço de cinco anos, a Coreia do Sul será uma população envelhecida.
Esta situação põe em causa a economia do país, uma vez que se prevê que em breve possa não ter mão de obra suficiente, o que poderá causar atrasos na evolução e inovação do país.
Isto, refere Richard Pennington no The Korea Times, torna-se curioso na medida em que a mesma política de redução de natalidade, imposta há várias décadas para acabar com a pobreza, tenha contribuído para o desenvolvimento do país, mas seja agora uma ameaça para o seu desenvolvimento futuro.
Se a situação na Coreia do Sul é considerada preocupante, esta não se fica por aqui. Países vizinhos como o Japão, Singapura, Hong Kong, Taiwan e a China padecem de problemas similares, dado que apresentam taxas de fertilidade muito baixas, um fraco crescimento populacional e um rápido envelhecimento da população.
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