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Nicósia classifica como "provocação" visita de Erdogan ao norte do Chipre

O Presidente cipriota, Nicos Anastasiades, qualificou hoje como "provocação" a visita agendada para domingo do homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, à cidade fantasma de Varosha, um dos símbolos da divisão da ilha do Mediterrâneo.

Nicósia classifica como "provocação" visita de Erdogan ao norte do Chipre
Notícias ao Minuto

20:19 - 14/11/20 por Lusa

Mundo Chipre

Esta antiga estação balnear no leste do Chipre foi parcialmente reaberta no início de outubro pelas forças turcas, implantadas na autoproclamada República Turca do Norte do Chipre (RTNC), que controla o terço norte da ilha.

A visita de Erdogan constitui "uma provocação sem precedentes", afirmou Anastasiades em comunicado.

O líder turco "mina os esforços do secretário-geral das Nações Unidas (ONU) [António Guterres] para convocar uma reunião informal 5+ONU", disse, referindo-se a uma reunião entre cipriotas turcos e gregos, Grécia, Turquia e a Grã-Bretanha, antiga potência colonial.

Tais atos "não vão ajudar a criar um clima favorável para retomar as negociações sobre o problema cipriota", prosseguiu o Presidente.

O Chipre está dividido desde a invasão do seu terço norte pelo exército turco em 1974, após uma tentativa de golpe para ligar novamente o país à Grécia.

A República de Chipre, membro da União Europeia reconhecido internacionalmente, exerce a sua autoridade apenas sobre os dois terços do sul da ilha.

A RTNC é muito dependente, política e economicamente, da Turquia, que posiciona ali mais de 30.000 soldados.

A visita de Erdogan, que quer fazer um "piquenique" em Varosha, caiu muito mal entre os cipriotas gregos, alguns dos quais fugiram de Varosha em 1974, durante a intervenção turca, e que não puderam voltar a viver lá.

Várias centenas de pessoas manifestaram-se também na RTNC, na terça-feira, para denunciar a "ingerência" da Turquia.

Em outubro, Erdogan tinha apoiado Ersin Tatar, um protegido de Ancara, na "presidencial" da RTNC, contra o líder cessante Mustafa Akinci, em desacordo com o Presidente turco. Tatar, que foi eleito, defendeu, ao contrário do seu antecessor, uma solução de dois Estados.

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