Palestinianos criticam prevista visita de Pompeo a um colonato israelita
O primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, criticou hoje a visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, prevista para a próxima semana a um colonato na Cisjordânia ocupada, considerando tratar-se de um "precedente perigoso".
© Reuters
Mundo Cisjordânia
Pompeo deve tornar-se o primeiro chefe da diplomacia norte-americana a visitar um dos colonatos de Israel na Cisjordânia ocupada, considerados ilegais face ao direito internacional.
Esta visita é uma forma de "legitimar os colonatos" e cria "um precedente perigoso que viola a lei internacional", declarou Shtayyeh durante a visita a Ramallah da ministra dos Negócios Estrangeiros búlgara, Ekaterina Zaharieva.
Criticar Israel e "responsabilizá-lo pelo sofrimento persistente do nosso povo não é 'antissemitismo', mas uma forma de defender os valores da justiça, da liberdade e do direito à autodeterminação", adiantou, citado pela agência noticiosa palestiniana Wafa.
Segundo os media israelitas, Pompeo deve visitar as vinhas Psagot. Um dos seus vinhos foi batizado em honra do secretário de Estado norte-americano, após ele ter afirmado, há um ano, que os colonatos não eram contrários à lei internacional.
O Departamento de Estado não confirmou estas informações, tendo apenas indicado num comunicado na terça-feira que Pompeo se deslocaria a Israel no âmbito de uma visita ao Médio Oriente e que se encontraria com o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu.
A colonização dos territórios palestinianos acelerou nos últimos anos sob impulso de Netanyahu e desde a chegada à Casa Branca do presidente Donald Trump, defensor ferrenho do Estado hebreu.
A visita a Israel do chefe da diplomacia norte-americana acontecerá a dois meses da tomada de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.
Este criticou no passado os colonatos e prometeu intensificar os esforços diplomáticos visando estabelecer um Estado palestiniano.
Mais de 450.000 israelitas vivem na Cisjordânia, ocupada pelo exército israelita desde 1967, ao lado de 2,8 milhões de palestinianos.
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