Em causa está o facto de alguns senadores republicanos terem admitido publicamente que o presidente eleito, Joe Biden, já deveria poder receber informações diárias dos serviços de inteligência do país.
Entre os senadores apoiantes de Trump que têm falado à comunicação social sobre o assunto estão John Thune, Lindsey Graham, Chuck Grassley e Rob Portman.
Tradicionalmente, os presidentes eleitos dos Estados Unidos começam a receber relatórios diários dos serviços secretos sobre questões de segurança quando se confirma a vitória, com a obtenção de pelo menos 270 votos do colégio eleitorial, o que no caso de Joe Biden aconteceu no sábado.
O reconhecimento público dos senadores conservadores de que Joe Biden já devia estar a receber aquela informação, demonstra que a solidez do apoio a Donald Trump começa a dar de si, que o partido Republicano já compreendeu a derrota eleitoral, mas não quer desafiar abertamente o presidente cessante com receio de perder o controlo do Senado.
De acordo com a agência Efe, apenas quatro senadores republicanos - Susan Collins, Mitt Romney, Lisa Murkowski e Ben Sasse - reconheceram a vitória de Joe Biden, enquanto outros como Marco Rubio, Pat Toomey e Mike Rounds apelaram à administração de Donald Trump que permita o arranque do processo de transição.
Também pelo menos quatro governadores republicanos, dos Estados de Ohio, Maryland, Massachussetts e Vermont, assim como o antigo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, já felicitaram Joe Biden pela eleição.
Joe Biden tomará posse como 46.º presidente dos Estados Unidos a 20 de janeiro.