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PGR guineense pede a central sindical para levantar greve geral

O procurador-geral da República (PGR) da Guiné-Bissau exortou hoje o líder da maior central sindical do país, Júlio Mendonça, a levantar a greve geral em curso e a dar uma oportunidade ao diálogo com o Governo.

PGR guineense pede a central sindical para levantar greve geral
Notícias ao Minuto

17:10 - 11/11/20 por Lusa

Mundo Greve

Fernando Gomes juntou na sala de reuniões da Procuradoria-Geral da República os líderes da central sindical União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e elementos do Governo, numa ação de mediação.

No final do encontro que durou mais de quatro horas, o procurador-geral guineense enfatizou o facto de as duas partes terem mostrado abertura para o diálogo, o que demonstra que a greve geral poderá ser levantada nos próximos dias.

"Acreditamos que as duas partes vão chegar a um acordo e gostaria de sublinhar a boa vontade de ambas as partes no sentido de se ultrapassar esta situação. Vamos ver, nas próximas 24 horas, o que esta situação vai dar", declarou Fernando Gomes.

O procurador-geral anunciou que as duas partes vão voltar a sentar-se à mesa já na quinta-feira.

O secretário-geral da UNTG não comunga do otimismo demonstrado por Fernando Gomes.

"Esperamos que o Governo dê um sinal positivo, até porque é o Governo que sempre violou o entendimento alcançado com a UNTG", reforçou o sindicalista.

Em relação ao encontro, Júlio Mendonça afirmou ter sido importante porque permitiu "mais uma vez avivar a memória do Governo" sobre os entendimentos alcançados no passado.

O líder sindical disse ser importante dialogar com o Governo, mas frisou que o cumprimento de diplomas legais aprovados pelo executivo a favor dos trabalhadores "é inegociável".

Júlio Mendonça pediu ao PGR que ajude os sindicatos no sentido de obrigar o Governo a aplicar na prática os diplomas aprovados, mas que não estão aplicados.

Entre outras reivindicações, a UNTG exige a aplicação do estatuto da carreira docente e ainda a exoneração de todos os funcionários admitidos na função pública "de forma ilegal", por serem inscritos como "pagamento de favores políticos".

A UNTG exige ainda do Governo o pagamento de dívidas ao pessoal contratado do setor de saúde e o pagamento e admissão definitiva de todas as categorias de professores nos quadros da função pública.

A primeira vaga de ondas de greves anunciadas pelo sindicato começou na segunda-feira e deverá terminar na sexta-feira e se não houver entendimento poderão ocorrer mais paralisações laborais.

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