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Reino Unido retalia e expulsa dois diplomatas bielorrussos

O governo britânico anunciou hoje a expulsão do Reino Unido de dois diplomatas bielorrussos em retaliação contra uma medida semelhante tomada contra dois diplomatas britânicos na segunda-feira pela Bielorrússia.

Reino Unido retalia e expulsa dois diplomatas bielorrussos
Notícias ao Minuto

14:46 - 10/11/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

O embaixador da Bielorrússia em Londres, Maxim Yermalovich, foi convocado a comparecer no ministério dos Negócios Estrangeiros esta tarde e informado da decisão, que o Governo considerou "proporcional e apropriada". 

"Enviámos uma mensagem clara hoje ao regime de [Alexander] Lukashenko de que a expulsão injustificada de diplomatas britânicos tem consequências. O Reino Unido continuará a responsabilizar as autoridades bielorrussas pela fraude eleitoral em agosto e pelo uso contínuo da violência para reprimir o povo bielorrusso", disse o ministro britânico, Dominic Raab.

A estação televisiva estatal ONT revelou que os dois diplomatas britânicos expulsos são o adido militar, Timothy Wight-Boycott, e a vice-embaixadora britânica, Lisa Thumwood, que já terão deixado a Bielorrússia.

De acordo com autoridades policiais bielorrussas, estes diplomatas "coligiram informações sobre a situação política na Bielorrússia e sobre os protestos", referindo-se a manifestações contra o regime do Presidente Alexander Lukashenko.

O Reino Unido tinha renovado na semana passada um apelo a novas eleições presidenciais na Bielorrússia, na sequência de um relatório da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que denuncia as "provas avassaladoras que demonstram que as eleições presidenciais de 09 de agosto foram falsificadas" 

A reeleição do chefe de Estado Alexander Lukashenko, de 66 anos e no poder desde 1994, tem sido motivo de protestos reúnem semanalmente dezenas de milhares de pessoas.

Em setembro, o Reino Unido já tinha decretado sanções económicas contra o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, o filho e membros do regime devido à repressão contra manifestantes naquele país. 

De acordo com a organização não-governamental (ONG) de direitos humanos Viasna, a polícia fez 1.048 detenções no domingo, o maior número desde agosto, quando uma brutal repressão policial estava a todo o vapor após a contestada eleição presidencial que opôs Lukashenko e Svetlana Tikhanovskaya.

As intervenções policiais contra os manifestantes, após uma trégua no final do verão, também aumentaram nas últimas semanas, enquanto a mobilização das ruas, ainda que importante, parece estar em declínio.

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