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Bielorrússia declara dois diplomatas britânicos 'persona non grata'

A Bielorrússia declarou hoje dois diplomatas britânicos 'persona non grata', disse o Governo daquele país, alegando incompatibilidades e acusando-os de "atividades destrutivas".

Bielorrússia declara dois diplomatas britânicos 'persona non grata'
Notícias ao Minuto

19:50 - 09/11/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

"Em 08 de novembro de 2020, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia decidiu declarar 'persona non grata' dois diplomatas da embaixada britânica, devido às suas atividades incompatíveis (...) com o estatuto de diplomata", disse Anatoly Glaz, porta-voz da diplomacia bielorrussa.

Glaz insistiu em que a Bielorrússia foi forçada a tomar esta decisão por causa das "atividades destrutivas" dos dois diplomatas.

De acordo com a estação televisiva estatal ONT, os dois diplomatas são o adido militar, Timothy Wight-Boycott, e a vice-embaixadora britânica, Lisa Thumwood, que já terão deixado a Bielorrússia.

De acordo com autoridades policiais bielorrussas, estes diplomatas "coligiram informações sobre a situação política na Bielorrússia e sobre os protestos", referindo-se a manifestações contra o regime do Presidente Alexander Lukashenko.

O anúncio da diplomacia bielorrussa acontece no dia em que a oposição ao regime de Minsk denunciou uma nova onda de repressão depois da detenção de mais de 1.000 pessoas no domingo, por ocasião da grande manifestação semanal contra Lukashenko.

De acordo com a organização não-governamental (ONG) de direitos humanos Viasna, a polícia fez 1.048 detenções no domingo, o maior número desde agosto, quando uma brutal repressão policial estava a todo o vapor após a contestada eleição presidencial que opôs Lukashenko e Svetlana Tikhanovskaya.

As intervenções policiais contra os manifestantes, após uma trégua no final do verão, também aumentaram nas últimas semanas, enquanto a mobilização das ruas, ainda que importante, parece estar em declínio.

Desde que foi reeleito, a 09 de agosto, num escrutínio contestado como fraudulento pela oposição, Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, enfrenta um amplo movimento de contestação que reúne semanalmente dezenas de milhares de manifestantes, apesar da repressão policial e de milhares de detenções.

Três meses depois, a situação está num impasse, com o Presidente a recusar abandonar o poder.

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