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EUA? Próximo Presidente "não deve interferir nos assuntos de Hong Kong"

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, disse hoje que, independentemente do resultado das eleições norte-americanas, espera que os Estados Unidos parem de interferir nos assuntos internos da região semiautónoma e da China.

EUA? Próximo Presidente "não deve interferir nos assuntos de Hong Kong"
Notícias ao Minuto

12:50 - 06/11/20 por Lusa

Mundo Carrie Lam

Lam acusou o Governo de Donald Trump de interferir repetidamente nos assuntos de Hong Kong, no ano passado, e exemplificou com as sanções impostas por Washington a membros do seu Executivo, incluindo ela própria, e a suspensão do tratamento preferencial no comércio com Hong Kong.

"Isto é totalmente irracional", apontou, numa conferência em Pequim, onde terminou hoje uma visita de quatro dias. "Espero que voltem à normalidade e aceitem que o relacionamento deve ser construído com base no respeito mútuo e na cooperação", realçou.

Os EUA condenaram no início deste ano a promulgação de uma lei de segurança nacional para Hong Kong, pela China, que foi projetada em parte para parar com os protestos pró-democracia, que abalaram a cidade em 2019.

Críticos consideram que a nova legislação ameaça as liberdades concedidas a Hong Kong aquando da transferência de soberania do Reino Unido para a China.

Lam disse que a lei de segurança nacional tem sido um meio de dissuasão eficaz, depois de cenas de violência entre os manifestantes e a polícia terem abalado o território no ano passado.

Alguns manifestantes mais radicais vandalizaram espaços de empresas consideradas pró-Pequim e incendiaram as ruas.

"Hong Kong recuperou a estabilidade e não registou qualquer incidente violento em grande escala", referiu.

"Com este ambiente estável, podemos concentrar-nos no desenvolvimento económico e na melhoria das condições de vida das pessoas", notou.

O vice-primeiro-ministro chinês Han Zheng elogiou a líder de Hong Kong por ter "restaurado a ordem" e "reavivado a economia" da região semiautónoma.

Han, que se reuniu com Carrie Lam no último dia da visita da chefe do Executivo de Hong Kong à capital chinesa, disse que o seu Executivo "superou todos os tipos de dificuldades e fez frente aos desafios".

Lam, que foi escolhida como líder da região administrativa especial por um comité dominado por membros pró-Pequim, foi acusada pelos manifestantes de estar ao serviço do Governo central da China.

Depois de visitar a capital chinesa, Lam viajará para Guangdong, a província do sul da China que faz fronteira com Hong Kong e Macau.

O Governo central quer integrar as duas regiões administrativas especiais na Área da Grande Baía, onde Pequim quer criar uma metrópole mundial a partir de Hong Kong e nove cidades de Guangong, numa altura em que a China tenta aprimorar a produção, de forma a subir nas cadeias de valor.

Até 2022, a Grande Baía, com perto de 70 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto a rondar 1,3 biliões de dólares norte-americanos, vai converter-se num 'cluster' de classe mundial e, até 2035, numa área de excelência a nível internacional.

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