A decisão foi conhecida na quinta-feira com a aprovação de uma resolução redigida pela Rússia, que não obteve o voto favorável de todos os 193 membros da ONU, conta a agência de notícias Associated Press (AP).
Isto porque a Alemanha, os Estados Unidos e outras nações europeias e ocidentais queriam que fosse retirado um parágrafo do texto original.
O parágrafo aponta a vitória da guerra como "o legado comum" dos membros da ONU e sublinha a importância de preservar e não profanar ou destruir "monumentos erguidos em memória daqueles que lutaram naquela guerra ao lado das Nações Unidas."
A resolução contou com 45 abstenções, depois de a Alemanha ter tentado patrocinar uma emenda juntamente com outras três dezenas de membros.
Para estes países, o parágrafo veio politizar a resolução e não promover o objetivo principal que é homenagear as vítimas da guerra.
Segundo a consultora jurídica alemã, Ina Heusgen, a Rússia "ignorou" os esforços da União Europeia para editar o projeto de resolução e chegar a um consenso.
A linguagem do parágrafo "é altamente sensível para muitos Estados membros, já que a Segunda Guerra Mundial trouxe dolorosas divisões na Europa", disse a jurista, citada pela AP.
A II Guerra Mundial foi o conflito mais mortal da história. Morreram entre 70 milhões a 85 milhões de pessoas, na sua maioria civis, incluindo todos aqueles que morreram vítimas do holocausto nazi.
A guerra começou com a invasão da Polónia pela Alemanha em 1939 e terminou com a rendição do Japão em 1945, após o ataque norte-americano a Hiroshima e Nagasaki.
A ex-União Soviética fazia parte de uma aliança militar com os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e outros países ocidentais que lutaram contra as chamadas Potencias do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
