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OSCE: Acusações de Trump minam confiança do público nas instituições

Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) disseram que as acusações feitas sobre o processo eleitoral norte-americano, nomeadamente pelo Presidente, Donald Trump, prejudicam a confiança do público nas instituições democráticas.

OSCE: Acusações de Trump minam confiança do público nas instituições
Notícias ao Minuto

09:35 - 05/11/20 por Lusa

Mundo Eleições EUA

As "acusações infundadas de deficiências sistemáticas" do processo eleitoral nos Estados Unidos, em particular do Presidente Donald Trump, "prejudicam a confiança do público nas instituições democráticas", alertou na quarta-feira, num comunicado, a missão de observadores da OSCE nas eleições norte-americanas, que decorreram na terça-feira.

"Depois de uma campanha tão dinâmica, garantir que todos os votos sejam contados é uma obrigação fundamental para todos os ramos do Governo", disse Michael Georg Link, coordenador especial e líder da missão de observação de curto prazo do organismo europeu, no comunicado.

De acordo com a missão de observação, a eleição de terça-feira foi "apertada" e "bem administrada, apesar dos muitos desafios causados pela pandemia de covid-19".

Os observadores notaram que a campanha eleitoral nos Estados Unidos foi caracterizada por uma "polarização política profundamente enraizada, que muitas vezes obscurecia o debate político mais amplo e incluía alegações infundadas de fraude sistemática".

"Alegações infundadas de deficiências sistemáticas, particularmente por parte do Presidente em exercício (Donald Trump), mesmo na noite das eleições, prejudicam a confiança do público nas instituições democráticas", disse o líder da missão.

Na quarta-feira e poucas horas após as primeiras projeções de votos serem conhecidas, Trump denunciou uma "fraude" eleitoral sem fornecer provas e ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal para impedir a contagem dos votos, enquanto Biden pedia paciência até obter os resultados.

Ao longo do dia, a campanha de Trump desafiou o escrutínio em pelo menos quatro Estados importantes, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e Geórgia.

Por sua vez, a chefe da delegação da Assembleia Parlamentar do OSCE, Kari Henriksen, defendeu, segundo o comunicado, "o direito de voto e de que esse voto seja contabilizado" como "um dos princípios mais fundamentais da democracia".

No entanto, manifestou a sua preocupação, num contexto de pandemia da covid-19 e face ao aumento do voto por correspondência, com as "tentativas de restringir a contagem dos votos expressos legalmente".

Há meses que Trump semeia desconfiança no voto por correspondência - apesar de não haver evidências de que isso possa levar a uma fraude generalizada - e no domingo passado anunciou que planeava iniciar um litígio no importante Estado da Pensilvânia.

"Esta eleição ainda não acabou e permaneceremos aqui em Washington e nos principais Estados do país até que acabe", disse Urszula Gacek, chefe da missão de observação do Escritório da OSCE para Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODIHR).

O próximo Presidente dos Estados Unidos será o candidato que conseguir pelo menos 270 delegados do colégio eleitoral.

As últimas projeções apontam para 264 delegados para Biden, contra 214 de Donald Trump, quando falta apurar quatro Estados.

As eleições presidenciais nos Estados Unidos decorreram na terça-feira, sendo os dois candidatos na corrida pela Casa Branca o atual Presidente, o republicano Donald Trump, e o democrata Joe Biden.

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