Novo adiamento do julgamento do ex-Presidente sudanês Omar al-Bashir
O julgamento do ex-Presidente sudanês Omar al-Bashir, julgado pelo seu papel no golpe que o levou ao poder em 1989, foi novamente adiado para 10 de novembro, anunciou hoje o presidente do tribunal.
© Reuters
Mundo Sudão
"A próxima audiência, na qual continuaremos a ouvir a resposta da defesa à acusação, terá lugar dentro de uma semana", anunciou o juiz Issam Mohamed Ibrahim.
A audiência de hoje, que foi transmitida pela televisão sudanesa, foi a oitava desde o início do julgamento, em 21 de julho, em que Omar al-Bashir enfrenta a pena de morte juntamente com outros 27 arguidos.
É a primeira vez que um país árabe julga os responsáveis por instigar um golpe de Estado.
Até agora, o principal objetivo do desfile de advogados de defesa tem sido o de rejeitar a autoridade do procurador principal, Tagelsirr al-Hebr.
"O procurador-geral está politizado, explorou a sua autoridade" para fins políticos, disse hoje um dos advogados de defesa.
Numa audiência anterior, no início de outubro, o procurador tinha estabelecido as acusações, que incluíam "pôr em perigo o regime constitucional" e "utilizar o exército para cometer um crime".
A maioria dos advogados tinha então saído da sala para protestar contra o que tinham dito ser o "enviesamento" do procurador-geral, pois tinha apresentado várias queixas contra os seus clientes enquanto ainda era advogado, antes de assumir o seu cargo em outubro de 2019.
Omar al-Bashir foi demitido e preso pelo exército em abril de 2019, após vários meses de revolta popular, e encontra-se atualmente detido em Cartum. Num outro julgamento foi condenado a dois anos de prisão por "corrupção", em dezembro de 2019.
O antigo Presidente é também procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por "crimes contra a humanidade" e "genocídio" no Darfur ocidental, uma região afetada por conflitos mortais durante quase duas décadas.
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