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Oposição da Costa do Marfim anuncia que vai formar "governo de transição"

A oposição da Costa do Marfim anunciou hoje um "Conselho Nacional de Transição", liderado pelo antigo presidente Henri Konan Bédié, para a formação de um "governo de transição", após um fim de semana marcado pela violência nas eleições presidenciais.

Oposição da Costa do Marfim anuncia que vai formar "governo de transição"
Notícias ao Minuto

20:24 - 02/11/20 por Lusa

Mundo Costa do Marfim

A oposição "anuncia hoje a criação do Conselho Nacional de Transição (...) presidido por Henri Konan Bédié", sendo a "missão do conselho a de pôr em prática nas próximas horas um governo de transição", disse o antigo primeiro-ministro Pascal Affi N'Guessan, em nome de toda a oposição, ao Presidente do país, Alassane Ouattara, que deverá conquistar um controverso terceiro mandato.

Sem os principais adversários, que boicotaram as eleições por considerarem que Ouattara procurava um terceiro termo "inconstitucional", o chefe de Estado deve obter uma elevada percentagem dos votos nas eleições do passado sábado, cujos resultados oficiais ainda não são conhecidos.

"O Conselho Nacional de Transição terá a missão de preparar o quadro para uma eleição presidencial justa, transparente e inclusiva (...) e de convocar conferências nacionais para a reconciliação nacional com vista ao restabelecimento de uma paz duradoura na Costa do Marfim", disse N'Guessan, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

No domingo, dia seguinte às eleições, a oposição tinha apelado para uma "transição civil" e à "mobilização geral dos costa-marfinenses para pôr fim à ditadura e à má gestão do Presidente cessante".

Pelo menos nove pessoas morreram durante o fim de semana em numerosos incidentes e confrontos que afetaram principalmente a metade sul do país, de acordo com a AFP.

Antes da votação, cerca de 30 pessoas tinham morrido em atos de violência pelo país, levantando receios de uma repetição dos conflitos pós-eleitorais registados há dez anos.

Estima-se que 3.000 pessoas tenham morrido devido à recusa do então Presidente, Laurent Gbagbo, em admitir a derrota face ao seu sucessor, Alassane Ouattara.

Eleito em 2010 e reeleito em 2015, Ouattara tinha anunciado em março que não se candidataria a um terceiro mandato, antes de mudar de ideias em agosto após a morte do seu "delfim" designado como candidato presidencial, o então primeiro-ministro Amadou Gon Coulibaly.

A Constituição da Costa do Marfim prevê um máximo de dois mandatos presidenciais, mas o Conselho Constitucional considerou que com a reforma adotada em 2016, a contagem de mandatos de Ouattara tinha sido recolocada a zero, dando cobertura a uma nova candidatura.

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