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Oposição pede uma "transição civil" para as eleições presidenciais

A oposição na Costa do Marfim, que boicotou as eleições presidenciais no sábado, pediu hoje uma "transição civil" para que sejam criadas as condições para a realização de um escrutínio justo e transparente.

Oposição pede uma "transição civil" para as eleições presidenciais
Notícias ao Minuto

17:20 - 01/11/20 por Lusa

Mundo Costa do Marfim

As eleições presidências de sábado na Costa do Marfim ficaram marcadas por incidentes violentos que fizeram pelo menos dois mortos, tendo a oposição apelado para a "desobediência civil" e um "boicote ativo" em protesto contra a candidatura do Presidente, Alassane Ouattara, a um terceiro mandato, que considera inconstitucional

"Os partidos e grupos políticos da oposição constatam o fim do mandato do Presidente Ouattara e apelam à abertura de uma transição civil a fim de serem criadas as condições para uma eleição presidencial justa, transparente e inclusiva", disse o ex-primeiro-ministro Pascal Affi N'Guessan, que faz parte dos candidatos inscritos.

Este pedido foi feito antes do anúncio final dos resultados que devem dar uma vitória ao Presidente Alassane Ouattara.

A oposição "pede a mobilização geral dos marfinenses para derrotar a ditadura e a perda do mandato do Presidente cessante Alassane Ouattara", frisou Affi N'Guessan, que falava na residência do ex-presidente Henri Konan Bédié.

A Comissão Eleitoral começou no domingo a divulgar os resultados parciais das eleições, mas sem um adversário real devido ao boicote da oposição, o Presidente Ouattara deve vencer com uma pontuação favorável.

Alassane Ouattara, 78 anos, no poder há 10, concorre contra o antigo chefe de Estado Henri Konan Bédié (no cargo de 1993 a 1999), de 86 anos.

Os dois candidatos mais jovens na corrida são o ex-primeiro-ministro de Laurent Gbagbo, Pascal Affi N'Guessan, 67 anos, e o independente Kouadio Konan Bertin, 51 anos, cujas candidaturas têm, segundo os analistas, poucas possibilidades.

Apenas quatro das 44 candidaturas apresentadas foram validadas pelo Conselho Constitucional, que deixou de fora outro dos líderes históricos do país, o ex-Presidente Laurent Gbagbo, 75 anos, no poder de 2000 a 2010, recentemente absolvido pelo Tribunal Penal Internacional.

Desde agosto, altura em que Ouattara, anunciou a sua recandidatura, vários incidentes e confrontos causaram já cerca de 30 mortes, reforçando os receios de uma escalada de violência étnica, dez anos após a crise pós-eleitoral de 2010 de que resultaram 3.000 mortos.

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