Philipe Nathan Walton foi levado da sua quinta em Massalata, no sul do Níger, na manhã de terça-feira, por sequestradores armados que exigiram um resgate ao seu pai.

"Este cidadão americano está seguro e está agora sob os cuidados do Departamento de Estado dos EUA. Nenhum militar dos EUA ficou ferido durante a operação", anunciou o Departamento de Defesa num comunicado.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, saudou este resgate, na sua conta pessoal da rede social Twitter, dizendo que foi "uma grande vitória" para as Forças Especiais e prometendo pormenores para mais tarde.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que o resgate foi levado a cabo por "alguns dos guerreiros [norte-americanos] mais corajosos e competentes" e realçou o compromisso dos EUA "com o regresso seguro de todos os cidadãos americanos capturados".

O Níger tem enfrentado um número crescente de ataques de extremistas ligados tanto ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) quanto ao movimento terrorista Al-Qaida.

O sequestro ocorreu dois meses depois de militantes ligados ao EI terem matado seis trabalhadores de organizações humanitárias franceses e o seu guia no Níger, enquanto visitavam um parque de vida selvagem a leste da capital.

Uma autoridade dos EUA, que não foi autorizada a discutir publicamente o resgate antes de um anúncio oficial e que falou sob condição de anonimato, disse que não havia indicações sólidas de que o sequestro de Walton esteja relacionado com terrorismo, sendo mais provável que se trate de um sequestro para obtenção de um resgate.

Um oficial do Governo local, Ibrahim Abba Lele, disse no início desta semana que os sequestradores ligaram e exigiram um resgate do pai de Walton, que mora a cerca de um quilómetro de distância da quinta do seu filho, assegurando que não foi pago nenhum dinheiro.

Trump tem promovido repetidamente a prioridade do seu Governo em garantir a libertação de reféns norte-americanos mantidos por grupos militantes no estrangeiro.

No início deste mês, dois norte-americanos mantidos em cativeiro por militantes apoiados pelo Irão no Iémen foram libertados, juntamente com uma terceira pessoa, em troca da devolução de cerca de 250 rebeldes huthis detidos em Omã.

Leia Também: Civil norte-americano raptado no Níger