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Moscovo apoiará Erevan se combates atingirem Arménia

A Rússia está pronta para prestar a "assistência necessária" à Arménia, em conflito com o Azerbaijão na região separatista de Nagorno-Karabakh, se os combates atingirem solo arménio, indicou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Moscovo apoiará Erevan se combates atingirem Arménia
Notícias ao Minuto

09:39 - 31/10/20 por Lusa

Mundo Nagorno-Karabakh

O anúncio de Moscovo, que num comunicado apelou também a um cessar-fogo, ocorreu depois de o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, ter solicitado formalmente ao Presidente russo, Vladimir Putin, para começar consultas "urgentes" sobre a ajuda que a Rússia poderá dar para garantir a segurança da Arménia.

"Tendo em conta o acordo [de Amizade, Cooperação e ajuda mútua entre a Rússia e a Arménia, datado de 29 de agosto de 1997), Moscovo oferecerá a Erevan todo o apoio necessário se os combates se estenderem para território arménio", referiu o ministério russo.

O pedido foi feito hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros arménio.

"O primeiro-ministro da Arménia pediu ao Presidente russo que iniciasse consultas urgentes para determinar a natureza e a quantidade de assistência que a Federação Russa pode prestar à Arménia para garantir a sua segurança", lê-se na declaração do ministério. 

O conflito no enclave remonta aos tempos da União Soviética, quando, no final da década de 1980, o território do Azerbaijão de Nagorno-Karabakh, povoado principalmente por arménios, solicitou a sua incorporação na vizinha Arménia, deflagrando uma guerra que causou cerca de 30.000 mortes.

No final do conflito, que durou até 1994, as forças arménias assumiram o controlo da região e ocuparam vastos territórios do Azerbaijão, a que chamam "faixa de segurança".

O Azerbaijão afirma que a solução para o conflito com a Arménia passa necessariamente pela libertação dos territórios ocupados, uma exigência que tem sido apoiada por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Por seu lado, a Arménia apoia o direito à autodeterminação de Nagorno-Karabakh e defende a participação de representantes do território separatista nas negociações para a resolução do conflito.

De acordo com relatos de organizações internacionais, a recente escalada do conflito em Nagorno-Karabakh já causou mais de 800 mortes, incluindo uma centena de civis.

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