De acordo com dados oficiais, 53% dos eleitores registados no Texas, um pouco mais de 09 milhões de pessoas, já votaram antecipadamente para eleger o Presidente dos Estados Unidos entre o republicano Donald Trump, que disputa a reeleição, e o democrata Joe Biden, o favorito nas sondagens.
Em 2016, um total de 8,97 milhões de pessoas votaram nas eleições, nas quais Trump prevaleceu sobre a democrata Hillary Clinton, com uma taxa de participação de 59,4%.
Nos últimos quatro anos, o Texas adicionou 1,8 milhão de novos eleitores registados, pelo que a participação ainda está abaixo da de 2016, mas se a tendência de votação continuar, no dia da eleição, na próxima terça-feira, pode exceder os 60%.
Esta seria a primeira vez desde o início da década de 1990 que mais de 60% dos eleitores registados no Texas exerceriam o seu direito de voto, algo ainda mais assinalável, já que o país está no meio de uma pandemia que afeta particularmente a região.
Muitos dos votos por correspondência ainda não foram apurados e os votos foram expressos hoje, 30 de outubro, último dia da votação antecipada.
O Estado não regista a filiação ou preferência do eleitor por um partido, por isso é difícil aferir quem estará a beneficiar do aumento da participação, mas pode significar um maior afluxo de hispânicos, negros e jovens, inclinados para as opções democráticas.
Se assim for, isso complicaria muito as opções de Trump no Texas, um Estado que os republicanos vencem desde as presidenciais de 1980 e que, com 38 grandes eleitores, é o segundo Estado mais decisivo, depois da Califórnia (55), na contagem para obter os 270 votos eleitorais que decidem a presidência.
Se o Texas se inclinasse para Biden, Trump provavelmente perderia a reeleição e abriria uma crise entre os republicanos, que teriam de repensar toda a sua estratégia eleitoral para 2024 e além.