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Sobe para seis número de vítimas de naufrágio no Canal da Mancha

Um naufrágio no Canal da Mancha que provocou a morte a uma família de quatro migrantes curdos iranianos, cujo filho mais novo estava também desaparecido, fez outras duas vítimas mortais, revelaram hoje as autoridades francesas.

Sobe para seis número de vítimas de naufrágio no Canal da Mancha
Notícias ao Minuto

15:17 - 29/10/20 por Lusa

Mundo Migrações

Um homem de 35 anos, uma mulher de 32 anos e dois filhos, uma menina de oito anos e um menino de seis anos, encontrados mortos na terça-feira quando foi dado o alarme do naufrágio, pertenciam à mesma família, segundo indicou o procurador Sébastien Pive de Dunquerque à agência francesa France-Press, confirmando o depoimento feito por familiares à estação britânica BBC, na quarta-feira.

O seu filho mais novo, de um ano, está desaparecido, acrescentou Pive. A perda da criança tinha sido relatada desde o dia do naufrágio pelos primeiros depoimentos de passageiros.

A investigação confirmou também que outros dois passageiros, homens cuja identidade não pôde ser estabelecida, desapareceram no mar durante o naufrágio da embarcação que transportava, principalmente, curdos iranianos e iraquianos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reagiu no Twitter garantindo que o Reino Unido faria "tudo" o que pudesse contra "gangues criminosos implacáveis que atacam pessoas vulneráveis facilitando essas viagens perigosas".

Catorze dos 15 sobreviventes continuam hoje a ser ouvidos sob custódia policial, na tentativa de identificar o capitão da embarcação, sujeito a um processo por homicídio e violência involuntária, acrescentou o procurador.

"Ao mesmo tempo, estão a ser realizadas operações para identificar os contrabandistas" no terreno, prosseguiu.

Apesar dos perigos, as tentativas de atravessar o Canal da Mancha multiplicaram-se desde 2018. Entre 01 de janeiro e 31 de agosto, 6.200 migrantes tentaram a sorte nessa travessia, segundo dados oficiais.

Em 2019, 2.358 pessoas que tentaram a travessia foram resgatadas e levadas de volta para as costas francesas ou britânicas, em comparação com 538 em 2018, segundo os números da autoridade marítima francesa do Canal da Mancha e Mar do Norte.

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