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Condenados à morte acusados dos ataques contra hotel no Mali em 2015

Dois extremistas acusados dos ataques contra um hotel e um restaurante em Bamako, capital do Mali, em 2015, foram hoje condenados à morte pela justiça maliana, após um julgamento que decorreu sob fortes medidas de segurança.

Condenados à morte acusados dos ataques contra hotel no Mali em 2015
Notícias ao Minuto

20:37 - 28/10/20 por Lusa

Mundo Mali

A pena capital não é aplicada no Mali há cerca de 40 anos.

Inicialmente, o tribunal de justiça antiterrorista do Mali, composto por cinco juízes, declarou os réus Fawaz Ould Ahmed (oriundo da Mauritânia) e Sadou Chaka (de nacionalidade maliana) culpados dos ataques ocorridos em 2015 contra o hotel Radisson Blu e o bar-restaurante La Terrasse, sobretudo frequentados por estrangeiros.

Os ataques fizeram 25 vítimas mortais e vários feridos.

"O tribunal considera-os culpados dos factos de que são acusados e não lhes concede qualquer circunstância atenuante", declarou o presidente da instância judicial, Souley Maïga, após dois dias de julgamento.

Em conformidade com o sistema judicial maliano, o procurador Boubacar Sidiki Samake tomou então a palavra e pediu a pena de morte para os dois homens, segundo indicou a agência France-Presse.

Após uma breve deliberação, o presidente da instância judicial anunciou a sentença: "O tribunal condena Fawaz Ould Ahmed e Sadou Chaka à pena de morte e a uma multa de 10 milhões de francos [cerca de 15.000 euros]".

Os dois homens não manifestaram qualquer reação face ao veredicto, permanecendo sentados, de forma calma, no banco dos réus, relatou um jornalista da agência noticiosa no local.

Um terceiro arguido, identificado como Abdoulbaki Abdramane Maïga, ausente do julgamento, foi também condenado à revelia à pena capital.

Os acusados têm agora três dias para recorrer da sentença, segundo precisou o magistrado Souley Maïga.

Após a leitura da sentença, os dois extremistas foram retirados do tribunal, encapuzados e algemados, por soldados de uma unidade de elite.

À saída da audiência, Mamadou Diallo, um dos advogados de defesa, declarou que os réus vão recorrer da sentença.

Hoje de manhã, Fawaz Ould Ahmed, também conhecido como "Ibrahim 10", assumiu a responsabilidade pelos dois ataques, declarando que estava "orgulhoso" por ter agido "por vingança" após a publicação de cartoons sobre o profeta Maomé pelo jornal satírico francês Charlie Hebdo.

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