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Covid-19. Moedas africanas indexadas ao euro são mais resistentes

Os países africanos que têm as suas moedas nacionais indexadas à moeda única europeia são mais resistentes ao choque provocado pela pandemia de covid-19, quando comparado com o resto da África subsaariana, segundo o Banco de França.

Covid-19. Moedas africanas indexadas ao euro são mais resistentes
Notícias ao Minuto

15:15 - 28/10/20 por Lusa

Mundo Banco de França

De acordo com um relatório do banco central francês, citado hoje pela agência de notícias francesa, a AFP, estes países "deverão enfrentar em 2020 uma recessão de 0,4% menos acentuada que a da África subsaariana no seu conjunto", que deverá ter um crescimento negativo de 3%, de acordo com as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em 2019, o crescimento dos países da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC) e da União das Comores foi de 4,5%, acima dos 3,2% registados na África Subsaariana, de acordo com o relatório do banco central francês.

Este ano, as previsões apontam para um crescimento positivo na UEMOA (1,3%) e nas Comores (0,9%), de acordo com o banco central, que salienta que ainda que haja uma expansão da economia, isto representa um declínio do PIB per capita, dado o elevado crescimento populacional nestes países.

Em contraste, espera-se uma recessão de 3,1% para a CEMAC, cujos países são fortemente dependentes das exportações de petróleo.

O relatório salienta ainda, segundo a AFP, que o nível de 0,3% de inflação registado na zona franca no seu conjunto é muito mais baixo do que no conjunto da África Subsaariana (8,4%), o que torna o crescimento mais inclusivo, uma vez que os mais pobres são geralmente mais afetados pelo aumento dos preços.

Nos termos de um acordo concluído no final de 2019 com Paris, o franco CFA da UEMOA, que inclui oito países (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo) desaparecerá a favor de uma moeda chamada Eco, mas cuja paridade com o euro é mantida.

Para além destes países, o arquipélago de Cabo Verde tem também um acordo de paridade do escudo com o euro.

O número de mortes em África devido à covid-19 foi nas últimas 24 horas de 182, totalizando agora 41.791, enquanto que as infeções subiram para 1.736.499, mais 8.662, segundo dados oficiais.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nos 55 Estados-membros da organização registaram-se 7.242 recuperados, num total de 1.423.342.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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