Moçambique: Obras de gás levaram 174 toneladas de comida para a população
A logística que serve as obras do complexo industrial de gás natural da Total no norte de Moçambique já transportou 174 toneladas de comida para o distrito de Palma, cujas ligações por terra têm sido cortadas por terroristas e ciclones.
© Lusa
Mundo Total
"Entre janeiro e outubro já transportámos mais de 1,5 milhões de litros de combustível, 174 toneladas de comida, 104 toneladas de material educativo e 4,2 toneladas de suprimentos médicos para o norte de Cabo Delgado", disse hoje Ronan Bescond, diretor-geral da Total em Moçambique.
Aquele responsável falava durante a Cimeira de Gás Natural de Moçambique, que decorre hoje e quinta-feira através da Internet.
Bescond descreveu a logística em curso, nomeadamente o que era suposto ser primordialmente uma via marítima provisória para as obras - após dragagens e criação de uma zona de acostagem junto à península de Afungi, onde nasce o empreendimento.
Mas a via aberta acabou por ser também "uma ligação vital para o distrito de Palma", onde o projeto está implantado.
Desastres naturais destruíram em 2019 as pontes da única estrada asfaltada que ligava aquela zona ao resto do país, restando caminhos precários e, mesmo esses passaram a ser alvo de rebeldes armados que atacam a região há três anos, com maior intensidade desde janeiro.
"Embora estejamos orgulhosos de dar este apoio, não é uma solução viável e de longo prazo para um distrito que devia ter à vista um crescimento enorme", graças ao empreendimento liderado pela Total - o maior investimento privado em África, avaliado entre 20 e 25 mil milhões de euros.
"Infraestruturas de segurança e resiliência são fundamentais para o projeto e para a atividade económica", referiu.
"Um ambiente seguro e uma rede de estradas robusta são pré-condições para o projeto [da Área 1] cumprir a promessa de catalisar o crescimento e desenvolvimento do distrito de Palma e do país", acrescentou Bescond.
A 24 de agosto, a Total anunciou uma revisão do memorando de entendimento com o Governo moçambicano para a operacionalização de uma força conjunta para proteção do projeto.
Em esclarecimentos à Lusa, a petrolífera francesa referiu que "a revisão do memorando de segurança reflete o aumento das atividades na fase de construção e a mobilização de uma maior força de trabalho".
A construção do projeto da Área 1 deverá estar terminada até 2024, ano para o qual está previsto o início de produção.
Moçambique enfrenta uma crise humanitária na província de Cabo Delgado onde uma insurgência armada que dura há três anos já provocou entre 1.000 e 2.000 mortos e 435.000 deslocados.
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