Uma mulher e duas crianças, de cinco e oito anos, estão entre as vítimas mortais, segundo as autoridades francesas.
Outras 15 pessoas foram resgatadas e as buscas continuam durante a noite.
Segundo os depoimentos dos migrantes, "falta uma pessoa que poderá ser uma criança", avançou o autarca da localidade de Loon-Plage, Hervé Tourmente, durante uma conferência de imprensa.
Os restantes sobreviventes, homens, mulheres e crianças de nacionalidade iraniana, de acordo com os primeiros elementos, "estão em estado de hipotermia" incluindo um caso "grave", tendo sido distribuídos por hospitais de Calais e Dunquerque.
A embarcação, aparentemente um barco de pesca turístico, foi descrita por um velejador inglês como tendo virado e afundado, tendo sido lançada em seguida uma vasta operação de busca com seis embarcações e meios aéreos.
As autoridades estão a tentar "recuperar o número máximo de pessoas" enquanto o número exato de passageiros não está ainda estabelecido, mas segundo Tourmente são "19 ou 20", especificando que as condições climatéricas para a travessia "não eram nada favoráveis".
A tragédia de hoje eleva para sete o número de migrantes que morreram durante uma travessia ilegal do Canal da Mancha desde o início de 2020, segundo dados comunicados pelas autoridades, depois de em 2019 se terem registado quatro vítimas mortais.
No entanto, desde 2018 as tentativas de cruzamento multiplicaram-se: entre 01 de janeiro e 31 de agosto deste ano, 6.200 migrantes tentaram a sorte, em barco insuflável os mais ricos, a remo, caiaque ou simplesmente uma boia para outros.
Em 2019, 2.358 pessoas que tentaram a travessia foram resgatadas e levadas de volta para as costas francesas ou britânicas, em comparação com 538 em 2018, segundo os números da autoridade marítima francesa do Canal da mancha e Mar do Norte.