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Pompeo apela aos líderes da Arménia e Azerbaijão respeito por cessar-fogo

O responsável pela diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, apelou aos líderes da Arménia e Azerbaijão para respeitarem o acordo de cessar-fogo anunciado no domingo, que já é objeto de violações por ambos os lados.

Pompeo apela aos líderes da Arménia e Azerbaijão respeito por cessar-fogo
Notícias ao Minuto

15:31 - 27/10/20 por Lusa

Mundo Nagorno-Karabakh

O secretário de Estado exortou, em conversas telefónicas separadas, o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinian, e o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, a "respeitarem o compromisso de acabar os combates e procurar uma solução diplomática para o conflito em Nagorno-Karabakh", de acordo com um comunicado.

Pompeo vincou que não há "uma solução militar para este conflito".

O chefe da diplomacia norte-americana recebeu na sexta-feira, separadamente, os homólogos do Azerbaijão, Djeyhoun Bairamov, e o arménio, Zhorab Mnatsakanian, sem encontro a três, que resultou numa declaração conjunta de um "cessar-fogo humanitário" anunciado no domingo.

No entanto, esse acordo foi rapidamente quebrado.

Menos de uma hora antes do início da trégua programada para segunda-feira, os beligerantes relataram a violação imediatamente, tal como nas duas tentativas anteriores nas últimas semanas.

Uma primeira trégua entre Erevan e Baku foi acordada em Moscovo, a 10 de outubro, e uma segunda em Paris, a 17 do mesmo mês.

Washington faz parte, assim como a França e a Rússia, do Grupo de Minsk, há muito formado pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para ser o principal mediador deste conflito.

O conflito no enclave remonta aos tempos da União Soviética, quando no final da década de 1980 o território do Azerbaijão de Nagorno-Karabakh, povoado principalmente por arménios, solicitou a sua incorporação na vizinha Arménia, deflagrando uma guerra que causou cerca de 25.000 mortes.

No final do conflito, que durou até 1994, as forças arménias assumiram o controle de Nagorno-Karabakh e ocuparam vastos territórios do Azerbaijão, a que chamam "faixa de segurança".

O Azerbaijão afirma que a solução para o conflito com a Arménia passa necessariamente pela libertação dos territórios ocupados, uma exigência que tem sido apoiada por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Por seu lado, a Arménia apoia o direito à autodeterminação de Nagorno-Karabakh e defende a participação de representantes do território separatista nas negociações para a resolução do conflito.

De acordo com relatos de organizações internacionais, a recente escalada do conflito em Nagorno-Karabakh já causou mais de 800 mortes, incluindo uma centena de civis.

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