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França pede vigilância aos seus cidadãos em países de maioria muçulmana

As autoridades francesas pediram maior vigilância aos seus cidadãos que vivem nos países muçulmanos em que ocorrem campanhas de boicote a produtos franceses e manifestações contra a França devido à polémica sobre as caricaturas do profeta Maomé.

França pede vigilância aos seus cidadãos em países de maioria muçulmana
Notícias ao Minuto

11:02 - 27/10/20 por Lusa

Mundo Caricaturas

Por esse motivo, entre segunda-feira e hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês atualizou os alertas para a Tanzânia, Bahrein, Kuwait, Turquia, Indonésia, Bangladesh e Mauritânia.

O ministério explicou que nos últimos dias houve apelos ao boicote a produtos franceses, em particular aos agroalimentares e, de forma mais geral, manifestações contra a França em alguns países de maioria muçulmana.

Neste contexto, indica que "é conveniente evitar as zonas onde se realizam estas manifestações, ficar fora de qualquer concentração e seguir as instruções da embaixada francesa ou do consulado competente".

Além disso, recomenda "a maior vigilância" principalmente nas viagens e nos locais com turistas e estrangeiros.

Os Governos de vários países denunciaram a posição francesa sobre as caricaturas de Maomé e o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi mais longe com ataques diretos contra o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, realizando ainda um apelo explícito ao boicote.

Macron tornou-se alvo de manifestações em vários países muçulmanos depois de prometer que a França continuaria a defender a produção de caricaturas, durante uma homenagem nacional ao professor Samuel Paty, na quarta-feira passada.

Samuel Paty foi decapitado por um refugiado de origem russa e chechena de 18 anos nos arredores de Paris, em 16 de outubro, porque mostrou caricaturas de Maomé aos seus alunos numa aula sobre liberdade de expressão.

Hoje, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Daca, no Bangladesh pelo boicote aos produtos franceses e queimaram efígie do Presidente francês, acusando-o de "adorar a Satanás".

Na segunda-feira, as autoridades paquistanesas convocaram o embaixador de França em Islamabad, Marc Baréty, e hoje o Irão convocou o segundo maior responsável da embaixada francesa em Teerão para protestar contra "a insistência" de Paris em apoiar as caricaturas do profeta Maomé.

A Presidência francesa considerou, na sexta-feira, "inaceitáveis" as declarações do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que questionou "a saúde mental" do seu homólogo francês, Emmanuel Macron, devido à atitude deste em relação aos muçulmanos.

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