Reforço da distribuição de contracetivos em zonas remotas de Moçambique

A Comissão de Mulheres Refugiadas (WRC, na sigla inglesa), uma ONG norte-americana, recomenda às autoridades moçambicanas o reforço da distribuição de contracetivos em zonas remotas e isoladas, num estudo sobre o impacto do ciclone Idai em 2019.

Mitos e factos. Tomar contracetivos contribui para depressão?

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Lusa
27/10/2020 07:50 ‧ 27/10/2020 por Lusa

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 "O Ministério da Saúde de Moçambique deve expandir a disponibilidade e acessibilidade de contracetivos em áreas remotas e isoladas, autorizando os profissionais de saúde e farmacêuticos a distribuir anticoncecionais orais e pílulas de emergência", através de fornecimentos para "vários meses", lê-se no documento distribuído na segunda-feira.

O reforço da gama de contracetivos deve incluir o injetável DMPA-SC, que previne a gravidez durante três meses, com capacitação de profissionais de saúde e farmacêuticos "para treinar e apoiar as mulheres".

"Os parceiros para a promoção da saúde sexual e reprodutiva da mulher devem reforçar e expandir a gestão de risco de desastres e emergências para mitigar os impactos de desastres futuros e construir capacidade de resposta a emergências a nível nacional e comunitário", nota o documento.

A ONG disse ter detetado pouca informação acerca do Pacote de Serviço Mínimo Inicial para a saúde sexual e reprodutiva da mulher entre os parceiros que responderam ao Idai.

Os contracetivos de ação prolongada "estavam menos disponíveis do que os métodos de curta duração" e havia lacunas na disponibilização, bem como em cuidados pós-aborto, "mesmo depois de a situação se ter estabilizado".

"No momento da recolha de dados, nove meses após o ciclone Idai, todas as cinco instalações de saúde avaliadas relataram que tinham passado por uma rutura de reservas de pelo menos um método de contraceção nos últimos três meses", descreve o estudo.

A Comissão de Mulheres Refugiadas realça ainda que "a falta de informação e o estigma entre os membros da comunidade e prestadores de serviços foi uma barreira para as adolescentes no acesso a serviços anticoncecionais", cuja importância cresce em momentos de crise (como aconteceu após o ciclone), em que ficam mais expostas a abusos.

O ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique em março de 2019, provocou 603 mortos e afetou a vida, até hoje, de dezenas de milhares de pessoas.

 

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