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Frelimo saúda PR moçambicano pelo anúncio da trégua com Renamo

A Frelimo, partido no poder em Moçambique, saudou hoje o Presidente moçambicano pela trégua na perseguição à autoproclamada Junta Militar da Renamo, um grupo dissidente da principal força de oposição acusado de protagonizar ataques no centro do país.

Frelimo saúda PR moçambicano pelo anúncio da trégua com Renamo
Notícias ao Minuto

14:06 - 26/10/20 por Lusa

Mundo Frelimo

"Para nós, é mais um momento de encorajar o camarada Presidente e saudá-lo pela busca constante da paz", declarou o porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Caifadine Manasse, durante uma conferência de imprensa hoje em Maputo.

A trégua, anunciada pelo chefe de Estado moçambicano no sábado, durante um retiro da Frelimo em Pemba (Cabo Delgado), começou no domingo e terá a duração de uma semana.

Para o porta-voz da Frelimo, a trégua é uma oportunidade para "a Renamo se reencontrar", dialogando internamente para a resolução definitiva do problema que existe há pouco mais de um ano.

"Queremos apelar à Renamo para que aproveite esta oportunidade para dialogar internamente, de forma a que esta situação da Junta Militar da Renamo fique no passado", declarou Caifadine Manasse.

Em declarações hoje à Lusa, Mariano Nhongo, líder dissidente daquela guerrilha, disse estar disponível para "negociar com o Governo" uma solução para acabar com os ataques armados do seu grupo no centro do país.

"A Junta Militar está disposta a negociar com o Governo, mas só se for uma negociação de verdade", disse em declarações por telefone, em reação à trégua anunciada.

A Junta Militar da Renamo é um movimento de ex-guerrilheiros dissidentes do principal partido da oposição de Moçambique que contesta o líder eleito no congresso de 2019, Ossufo Momade, e as condições de desmilitarização, desarmamento e reintegração por ele negociadas com o Governo.

O grupo surgiu em junho de 2019 e ameaçou pegar nas armas caso não fosse ouvido nas reivindicações de destituição da liderança da Renamo e quanto a uma renegociação do acordo de paz que Momade assinou em agosto do último ano com Nyusi.

Desde então, é o principal suspeito da morte de cerca de 30 pessoas em ataques contra autocarros, aldeias e elementos das Forças de Defesa e Segurança no centro do país, mas ao mesmo tempo tem recusado vários apelos ao diálogo, inclusive patrocinados pelas Nações Unidas e União Europeia, entre outros parceiros.

A violência acontece na mesma altura em que o país enfrenta uma crise humanitária no norte, na província de Cabo Delgado, onde uma insurgência armada que dura há três anos já provocou entre 1.000 a 2.000 mortos e 300.000 deslocados.

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