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Síria: Número de mortos em ataque aéreo sobe para 78

O número de rebeldes sírios pró-turcos mortos hoje em ataques aéreos atribuídos à Rússia contra um campo de treino na província de Idlib, no noroeste da Síria, subiu para 78, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Síria: Número de mortos em ataque aéreo sobe para 78
Notícias ao Minuto

12:39 - 26/10/20 por Lusa

Mundo OSDH

De acordo com os últimos dados fornecidos pela organização não-governamental (ONG), que tem uma vasta rede de fontes na guerra na Síria, "78 combatentes" morreram nos ataques e cerca de 90 ficaram feridos.

O balanço de mortos ainda pode ser maior porque também há muitos feridos, "alguns deles em estado crítico", alertou Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH.

Os ataques aéreos visavam uma posição ocupada pelo Faylaq al-Cham, uma fação de elementos sírios apoiados por Ancara, de acordo com o OSDH.

Esta posição, no noroeste da província de Idlib, foi recentemente transformada num campo de treinamento e dezenas de combatentes foram reunidos lá, de acordo com Abdel Rahmane.

A Rússia está a ajudar militarmente o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra na Síria, enquanto a Turquia apoia certos grupos insurgentes em Idlib, o último grande reduto 'jihadista' e rebelde.

As duas potências externas negociaram repetidamente cessar-fogo precário para o noroeste da Síria e uma trégua frágil permanece em vigor desde março na área, apesar dos combates esporádicos.

Seif al-Raad, porta-voz da Frente de Libertação Nacional - uma coligação de grupos rebeldes pró-turcos, incluindo Faylaq al-Cham - confirmou à agência de notícias AFP o ataque aéreo russo e denunciou as "violações", por parte da aviação de Moscovo e das forças do regime, da trégua negociada pela Turquia e pela Rússia, com "posições militares, aldeias e localidades continuamente alvejadas".

Os 'jihadistas' do Hayat Tahrir al-Cham (HTS, ex-braço sírio da Al-Qaeda) controlam quase metade da província de Idlib, mas também partes do território nas regiões vizinhas de Latakia, Hama e Aleppo.

Desencadeado em 2011 pela repressão de protestos pró-democracia, o conflito sírio cresceu em complexidade ao longo dos anos, envolvendo uma infinidade de grupos armados e potências estrangeiras. O regime sírio conseguiu nos últimos anos retomar mais de 70% do país.

A guerra matou mais de 380.000 vidas e resultou no deslocamento de vários milhões de pessoas.

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