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Partido Comunista da China inicia reunião sobre novo plano quinquenal

O Partido Comunista da China (PCC) iniciou hoje, em Pequim, a quinta sessão plenária do 19º Comité Central, com o novo plano quinquenal, que regerá a direção da segunda maior economia do mundo, na agenda.

Partido Comunista da China inicia reunião sobre novo plano quinquenal
Notícias ao Minuto

06:31 - 26/10/20 por Lusa

Mundo China

Trata-se do segundo plano quinquenal a ser executado desde que o atual Presidente chinês, Xi Jinping, ascendeu ao poder, em 2013.

A economia chinesa voltou a crescer, após forte contração no primeiro trimestre do ano, devido às medidas de prevenção contra o novo coronavírus.

Segundo o jornal oficial Global Times, o novo plano quinquenal vai centrar-se no desenvolvimento da estratégia de "dupla circulação", que consiste em adotar o mercado doméstico como base do desenvolvimento do país, e tentar fazer com que os mercados nacional e internacional se "reforcem mutuamente".

"As incertezas externas estão a ampliar o declínio da economia mundial, com surtos de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa. Uma estratégia de 'dupla circulação' será crucial para a China nos próximos cinco anos", disse Cao Heping, professor da Escola de Economia da Universidade de Pequim, citado por aquele jornal.

Li Chang'an, da Universidade de Negócios e Economia Internacional, aponta que o novo plano vai enfatizar a autonomia em vários setores que Pequim considera importantes.

"Tecnologias relacionadas com semicondutores, redes de quinta geração (5G) e computação quântica, entre outras, provavelmente serão incluídas no plano", disse Li.

O académico previu que o Partido Comunista estabelecerá uma meta de crescimento entre 4% e 5% do Produto Interno Bruto (PIB), para o período de cinco anos entre 2021 e 2025, o que significaria uma redução significativa em relação aos 6,5% estipulados como meta, em 2015, para o período 2016-2020.

A minuta do plano quinquenal vai ser submetida à aprovação da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China, que reúne anualmente em março.

O plano quinquenal surge num período de incerteza na economia mundial, devido ao impacto do novo coronavírus, e de guerra comercial e tecnológica entre China e Estados Unidos.

Os dois países impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de ambos.

A pressão do Governo norte-americano para que as empresas boicotem entidades chinesas específicas converteu-se num esforço concertado para forçar fornecedores e países terceiros a aderirem a um bloqueio à tecnologia chinesa.

Washington bloqueou o acesso da Huawei a componentes e tecnologia norte-americanos, o que ameaça paralisar as vendas de telemóveis e equipamentos da empresa.

Nos últimos dois anos, a administração de Donald Trump colocou outras 70 empresas chinesas na Lista de Entidades do Departamento de Comércio, limitando o seu acesso a tecnologia norte-americana.

Trump emitiu ainda uma ordem, em agosto passado, que declarou o WeChat, uma aplicação de mensagens instantâneas operada pela Tencent, como ameaça à segurança nacional.

Estas medidas aceleraram a urgência da China em desenvolver tecnologia autónoma, incluindo na produção de 'chips' para processadores e outros componentes, no qual Shenzhen desempenha um papel fundamental.

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