União Europeia pede aplicação "imediata" do cessar-fogo na Líbia
A União Europeia apelou no sábado às partes envolvidas no conflito líbio para aplicarem na íntegra e imediatamente o cessar-fogo acordado entre representantes do Governo e do parlamento da Líbia, que enfrentam há seis anos uma guerra civil.
© Reuters
Mundo Líbia
"A União Europeia e os seus Estados-membros encorajam agora as partes líbias a implementarem totalmente e de maneira imediata o acordo de cessar-fogo", afirmou em comunicado o Alto-representante da União para as Relações Exteriores, Josep Borrell.
Os 27 países apelaram a "todos os atores internacionais e regionais para apoiarem inequivocamente os esforços da Líbia, se abstenham de interferências estrangeiras no conflito líbio e para pararem com as violações do embargo de armas da ONU em pleno respeito às resoluções relevantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
"Todos os combatentes estrangeiros e mercenários estrangeiros devem retirar-se imediatamente. Qualquer intervenção estrangeira é inaceitável. Por seu lado, a União Europeia está preparada para apoiar a implementação do acordo de cessar-fogo com ações concretas, de acordo com as decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas", sublinha a UE.
Bruxelas "saudou calorosamente" a assinatura da suspensão das ações militares no conflito e considerou que se trata de "um passo crucial", o seu "instrumento de sanções contra potenciais sabotagens".
Para os 27, o acordo de cessar-fogo "abrirá caminho ao relançamento de um processo político inclusivo na Líbia".
Representantes do Governo e do Parlamento da Líbia assinaram na sexta-feira um cessar-fogo permanente para todo o território nacional que implica, entre outros pontos, a saída de todas as forças estrangeiras do país no prazo de três meses.
A Líbia tem sido palco de violência e de lutas de poder desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.
Duas autoridades disputam atualmente o poder: o Governo de acordo nacional (GAN, reconhecido pela ONU e sediado em Tripoli) e o poderoso marechal Khalifa Haftar no leste do país.
Várias rondas de negociações têm ocorrido nos últimos anos e vários acordos foram anunciados, mas não aplicados.
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