União Europeia pede aplicação "imediata" do cessar-fogo na Líbia

A União Europeia apelou no sábado às partes envolvidas no conflito líbio para aplicarem na íntegra e imediatamente o cessar-fogo acordado entre representantes do Governo e do parlamento da Líbia, que enfrentam há seis anos uma guerra civil.

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Lusa
25/10/2020 12:48 ‧ 25/10/2020 por Lusa

Mundo

Líbia

"A União Europeia e os seus Estados-membros encorajam agora as partes líbias a implementarem totalmente e de maneira imediata o acordo de cessar-fogo", afirmou em comunicado o Alto-representante da União para as Relações Exteriores, Josep Borrell.

Os 27 países apelaram a "todos os atores internacionais e regionais para apoiarem inequivocamente os esforços da Líbia, se abstenham de interferências estrangeiras no conflito líbio e para pararem com as violações do embargo de armas da ONU em pleno respeito às resoluções relevantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

"Todos os combatentes estrangeiros e mercenários estrangeiros devem retirar-se imediatamente. Qualquer intervenção estrangeira é inaceitável. Por seu lado, a União Europeia está preparada para apoiar a implementação do acordo de cessar-fogo com ações concretas, de acordo com as decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas", sublinha a UE.

Bruxelas "saudou calorosamente" a assinatura da suspensão das ações militares no conflito e considerou que se trata de "um passo crucial", o seu "instrumento de sanções contra potenciais sabotagens".

Para os 27, o acordo de cessar-fogo "abrirá caminho ao relançamento de um processo político inclusivo na Líbia".

Representantes do Governo e do Parlamento da Líbia assinaram na sexta-feira um cessar-fogo permanente para todo o território nacional que implica, entre outros pontos, a saída de todas as forças estrangeiras do país no prazo de três meses.

A Líbia tem sido palco de violência e de lutas de poder desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.

Duas autoridades disputam atualmente o poder: o Governo de acordo nacional (GAN, reconhecido pela ONU e sediado em Tripoli) e o poderoso marechal Khalifa Haftar no leste do país.

Várias rondas de negociações têm ocorrido nos últimos anos e vários acordos foram anunciados, mas não aplicados.

 

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