Citada pela agência France-Presse (AFP), a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Agnès von der Mühll, declarou que "este acordo marca uma etapa importante para uma Líbia soberana, estável e unida" e saudou "o sentido de responsabilidade" dos líbios.
Isto passa pela "partida dos mercenários estrangeiros do território líbio, o desmantelamento das milícias, a união de todos na luta contra o terrorismo e a paragem das violações ao embargo das armas", acrescentou.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, tinham tentado, sem sucesso, uma mediação em 2017-2018, para obter uma resolução política da crise líbia, baseada na realização rápida de eleições.
Os dirigentes franceses foram criticados por terem dado uma legitimidade internacional ao dirigente do leste do país, Khalifa Haftar, já apoiado militarmente pela Rússia, Emirados Árabes Unidos e Egito.
O seu rival, o primeiro-ministro Fayez al-Sarraj, recebeu o apoio militar da Turquia, com grande contributo de mercenários sírios pró-turcos.
"A França felicita-se com a realização em breve do diálogo político inter-líbio na Tunísia", prosseguiu a porta-voz.
"Os vizinhos da Líbia devem em breve ser partes envolvidas em pleno neste processo" de paz, sublinhou.
A França advoga a organização da uma conferência dos países vizinhos da Líbia para fazer contrapeso a ingerências externas.