"A UE encoraja todas as partes a trabalharem em conjunto de forma diligente para permitir eleições inclusivas, transparentes, pacíficas e credíveis. A democracia prospera a partir da liberdade de expressão e de reunião, de um ambiente político que valorize o envolvimento dos cidadãos, da participação igualitária, da imparcialidade das instituições do Estado e da defesa dos direitos humanos", refere um comunicado hoje divulgado pela União Europeia.
No documento, a UE mostra-se preocupada com os "relatos de incidentes e limitações na preparação das eleições", mas reitera o seu apoio para "o desenvolvimento e prosperidade do povo da Tanzânia".
"Aguardamos com expectativa os nossos próximos passos para uma cooperação plena e construtiva entre UE e Tanzânia", conclui o comunicado.
Por sua vez, o embaixador dos EUA na Tanzânia, Donald Wright, destacou que tomou conhecimento de relatos de que representantes do Governo e da segurança "perturbam e impedem que candidatos façam campanha livremente".
"À medida que nos aproximamos do dia das eleições, a frequência e a gravidade destas perturbações são cada vez mais graves e profundas", assinalou o embaixador.
No entanto, este considera que "ainda há tempo para assegurar um processo mais transparente em 28 de outubro".
"A transparência leva à credibilidade. Uma forma de promover um processo eleitoral transparente é permitir que observadores independentes assistam às eleições e relatem aquilo que veem", defendeu o representante norte-americano.
Wright mostrou-se preocupado com uma possível perda da credibilidade da democracia tanzaniana, reforçando a necessidade da presença de observadores internacionais.
"Estou preocupado que se os responsáveis pelas eleições não tomarem estes passos, a democracia da Tanzânia perca a sua credibilidade aos olhos da comunidade internacional. Mais que isso, o vencedor declarado pode não ter legitimidade junto dos próprios tanzanianos", concluiu o embaixador.
Mais de 29 milhões de pessoas estão registadas para votar nas eleições de dia 28 de outubro, nas quais o atual Presidente, John Magufuli, que lidera o país desde 2015, procura um segundo mandato.