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Venda de armas dos EUA a Taiwan terá "grande impacto" na relação

A China criticou hoje uma possível venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan, avaliada em 1,8 mil milhões de dólares, e avisou que terá "grande impacto" na relação bilateral e na "paz e estabilidade".

Venda de armas dos EUA a Taiwan terá "grande impacto" na relação
Notícias ao Minuto

14:01 - 22/10/20 por Lusa

Mundo China

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, disse que a China "vai dar uma resposta legítima, dependendo de como a situação evolui", depois de o Departamento de Estado dos EUA ter anunciado a sua intenção de vender três lotes de armas para a ilha, incluindo Mísseis SLAM-ER e unidades HIMARS, um sistema leve lançador de múltiplos mísseis.

Para que a venda se materialize, tem de ser primeiro aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos e pelo parlamento de Taiwan, detalhou hoje a agência oficial de Taiwan CNA.

"Pedimos aos EUA que parem esta venda, porque envia um sinal errado às forças independentistas de Taiwan e viola gravemente o princípio de ?uma só China' e os comunicados conjuntos assinados entre a China e os EUA", disse Zhao.

"A China opõe-se e responderá conforme a situação evoluir", afirmou.

A Agência dos Estados Unidos para Cooperação e Segurança de Defesa notificou na quarta-feira o Congresso sobre o seu plano de venda, que tem a aprovação do Departamento de Estado, para "apoiar os esforços contínuos de Taiwan na modernização das suas Forças Armadas e em manter as suas capacidades defensivas".

O negócio visa ainda "ajudar a manter a estabilidade política e o equilíbrio militar na região", segundo um comunicado.

Citada pela CNA, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joanne Ou, disse que o seu departamento recebeu uma proposta formal sobre a venda de armas, a oitava desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, chegou ao poder.

A relação entre a China e os Estados Unidos deteriorou-se rapidamente nos últimos dois anos, com várias disputas simultâneas entre as duas maiores economias do mundo. Em Pequim e em Washington, referências a uma nova Guerra Fria são agora comuns.

Para Pequim, o princípio de 'uma só China' significa que a ilha de Taiwan faz parte da China.

Os dois territórios dividiram-se em 1949, quando os nacionalistas se radicaram em Taiwan, após perderem a guerra civil para os comunistas, que governam a República Popular da China desde então.

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