Venda de armas dos EUA a Taiwan terá "grande impacto" na relação
A China criticou hoje uma possível venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan, avaliada em 1,8 mil milhões de dólares, e avisou que terá "grande impacto" na relação bilateral e na "paz e estabilidade".
© iStock
Mundo China
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, disse que a China "vai dar uma resposta legítima, dependendo de como a situação evolui", depois de o Departamento de Estado dos EUA ter anunciado a sua intenção de vender três lotes de armas para a ilha, incluindo Mísseis SLAM-ER e unidades HIMARS, um sistema leve lançador de múltiplos mísseis.
Para que a venda se materialize, tem de ser primeiro aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos e pelo parlamento de Taiwan, detalhou hoje a agência oficial de Taiwan CNA.
"Pedimos aos EUA que parem esta venda, porque envia um sinal errado às forças independentistas de Taiwan e viola gravemente o princípio de ?uma só China' e os comunicados conjuntos assinados entre a China e os EUA", disse Zhao.
"A China opõe-se e responderá conforme a situação evoluir", afirmou.
A Agência dos Estados Unidos para Cooperação e Segurança de Defesa notificou na quarta-feira o Congresso sobre o seu plano de venda, que tem a aprovação do Departamento de Estado, para "apoiar os esforços contínuos de Taiwan na modernização das suas Forças Armadas e em manter as suas capacidades defensivas".
O negócio visa ainda "ajudar a manter a estabilidade política e o equilíbrio militar na região", segundo um comunicado.
Citada pela CNA, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joanne Ou, disse que o seu departamento recebeu uma proposta formal sobre a venda de armas, a oitava desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, chegou ao poder.
A relação entre a China e os Estados Unidos deteriorou-se rapidamente nos últimos dois anos, com várias disputas simultâneas entre as duas maiores economias do mundo. Em Pequim e em Washington, referências a uma nova Guerra Fria são agora comuns.
Para Pequim, o princípio de 'uma só China' significa que a ilha de Taiwan faz parte da China.
Os dois territórios dividiram-se em 1949, quando os nacionalistas se radicaram em Taiwan, após perderem a guerra civil para os comunistas, que governam a República Popular da China desde então.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com