EUA? Rússia e Irão rejeitam acusações "infundadas" de interferência

Rússia e Irão rejeitaram hoje as acusações "infundadas" por parte de Washington de que os dois países teriam tentado influenciar as eleições presidenciais dos EUA, marcadas para 03 de novembro.

john ratcliffe

© Getty Images

Lusa
22/10/2020 13:23 ‧ 22/10/2020 por Lusa

Mundo

Eleições

O diretor dos serviços de inteligência dos EUA, John Ratcliffe, acusou a Rússia e o Irão, na quarta-feira, de terem obtido informações dos eleitores e estarem a tentar interferir nas presidenciais de 03 de novembro.

Ratcliffe acusou Teerão de enviar 'emails' "com o objetivo de intimidar os eleitores, incitar a agitação social e prejudicar o Presidente Trump".

Hoje, Moscovo e Teerão rejeitaram as acusações e lamentaram o que consideram ser acusações infundadas por parte das autoridades norte-americanas.

Em Teerão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador suíço, que representa os interesses dos Estados Unidos no Irão, para transmitir o descontentamento.

O porta-voz da diplomacia iraniana Saeed Khatibzadeh, disse que as autoridades norte-americanas fizeram uma alegação infundada, na corrida para as eleições, a fim de justificar o cenário não democrático que estão a preparar".

Também o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje que "as acusações (de Washington) aparecem todos os dias e são totalmente infundadas".

Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, as denúncias de Washington são "invenções" e acusações "sem sentido".

O porta-voz da diplomacia iraniana diz que o seu Governo não tem preferências por nenhum candidato presidencial dos EUA.

"Não excluo que os arquitetos destes cenários infantis estejam a tentar distrair a opinião pública e a causar provocações suspeitas na corrida para as eleições", disse Saeed Khatibzadeh, que pediu aos Estados Unidos para "pararem com as acusações desnecessárias e invenções de casos e comecem a agir como um país normal".

Também o embaixador do Irão nas Nações Unidas, Alireza Miryousefi, denunciou as alegações dos Estados Unidos como um "novo cenário que visa abalar a confiança dos eleitores" norte-americanos.

Na sua conta da rede social Twitter, Miryousefi pediu a Washington para "parar de fazer acusações maliciosas e perigosas contra o Irão", salientando que o mundo está atento "às tentativas públicas desesperadas dos Estados Unidos de questionar o resultado das suas próprias eleições".

Na quarta-feira, John Ratcliffe acusou Moscovo e Teerão de terem tomado "medidas específicas para influenciar a opinião pública sobre as eleições".

"Pudemos confirmar que as informações sobre os cadernos eleitorais foram obtidas pelo Irão e, separadamente, pela Rússia", denunciou o chefe dos serviços de inteligência dos EUA, explicando que "esses dados podem ser usados por agentes estrangeiros para tentar dar informações falsas aos eleitores registados, esperando semear confusão e caos, minando a confiança na democracia".

O anúncio foi feito depois de eleitores democratas terem dito estar a receber 'e-mails' ameaçadores em nome dos "Proud Boys", um grupo de extrema-direita, coagindo-os a votar no candidato republicano, Donald Trump.

De acordo com o relatório do procurador especial Robert Mueller, que investigou o caso, a Rússia interferiu na eleição de 2016 nos EUA, alegadamente para beneficiar a candidatura de Donald Trump, cuja equipa de campanha foi acusada de conluio com Moscovo.

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