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Deputados da Renamo descontam dia de salário para vítimas de violência

Os 60 deputados da bancada da Renamo no parlamento moçambicano vão descontar um dia de salário, cada, para um fundo destinado às vítimas da violência em Cabo Delgado, anunciou hoje o principal partido da oposição.

Deputados da Renamo descontam dia de salário para vítimas de violência
Notícias ao Minuto

11:23 - 22/10/20 por Lusa

Mundo Cabo Delgado

"<span class="nanospell-typo">Solidarizámo-nos com as vítimas da guerra em Cabo Delgado e é por isso que vamos descontar um dia de salário", afirmou o porta-voz e deputado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, Arnaldo Chalaua.

O deputado fez o anúncio durante o seu discurso após a informação anual do Provedor de Justiça.

O porta-voz da Renamo avançou que o sofrimento infligido à população de Cabo Delgado é mais uma prova de que a justiça está a ser negada à maioria da população moçambicana.

"De que justiça se fala, quando milhares de pessoas são obrigadas a fugir das suas casas por causa da violência armada em Cabo Delgado", questionou Arnaldo Chalaua.

O porta-voz da Renamo não especificou o valor da doação dos deputados da Renamo às vítimas de violência em Cabo Delgado, mantendo essa postura mesmo perante os pedidos dos jornalistas no final do seu discurso.

O salário mensal mais baixo de um deputado em Moçambique é de 65 mil meticais (752 euros) e o mais alto ultrapassa 100 mil meticais (1.157 euros).

Em outubro, os 184 deputados da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, descontaram dois dias de salário, cada, e ofereceram 10 toneladas de produtos diversos para as vítimas da violência armada em Cabo Delgado.

Além da Frelimo, com 184 assentos, e da Renamo, com 60 deputados, tem assento na AR o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira bancada, com seis deputados.

A província de Cabo Delgado é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas.

A violência provocou uma crise humanitária com mais de mil mortos e cerca de 300.000 deslocados internos.

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