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Autoridades angolanas preocupadas com desrespeito pelas regras

As autoridades angolanas manifestaram-se hoje preocupadas com o desrespeito pelas regras de prevenção e combate à covid-19, alertando para os riscos de determinados comportamentos para a saúde individual e coletiva.

Autoridades angolanas preocupadas com desrespeito pelas regras
Notícias ao Minuto

20:21 - 19/10/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"A Comissão Multissetorial de Prevenção e Combate à covid-19 tem acompanhado com bastante preocupação a prática de atos e a realização de atividades que não só desobedecem ao disposto no Decreto Presidencial n.º 256/20, de 8 de Outubro, que define as medidas em vigor no âmbito da Situação de Calamidade Pública, como, sobretudo, põem em causa a saúde individual e em grande risco a saúde coletiva", criticou este organismo, através de um comunicado.

A Comissão condenou "veementemente tais atos e atividades" e relembrou que as praias continuam interditas, estão proibidas festas fora de casa e limitadas a 15 pessoas no domicílio, os espetáculos culturais não podem ser dançantes e exigem lugares sentados, os restaurantes só podem funcionar até às 22:00 com lotação limitada a 50% e na via pública os ajuntamentos não podem exceder dez pessoas.

Em declarações hoje à Rádio Luanda, o inspetor-chefe Nestor Goubel, porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, afirmou que nos últimos dias se assistiu a uma maior desobediência das regras.

"Estamos a ver que muita gente de forma quase que dolosa, irresponsável (...), está a encarar a coisa como se nada fosse acontecer. Como se trata de um vírus invisível, mesmo com os relatos do MINSA [Ministério da Saúde], estamos a assistir a pessoas, com famílias, pessoas adultas, pessoas até bastante avisadas, com um certo nível, nas praias, nos retiros, famílias e pessoas adultas em restaurantes e bares", declarou o responsável.

Nestor Goubel disse que "as pessoas vão aos restaurantes e não cumprem à risca com as medidas de biossegurança" e culpou também os proprietários de restaurantes e discotecas.

"Há restaurantes que fecham a parte de frente e abrem na parte de trás", criticou, lembrando que o decreto presidencial só prevê o funcionamento dos restaurantes até às 22:00.

"A polícia tem estado a fiscalizar e a tomar posições extremamente duras. Desde março quando começou a pandemia temos estado a levar a cabo um conjunto de ações, desde a sensibilização da pandemia", indicou, acrescentando que a polícia já aconselhou o encerramento de alguns restaurantes, incluindo na ilha de Luanda.

"Estamos a falar de uma transgressão administrativa e a polícia tem limites de ordem legal, ou seja, chega uma altura em que não pode atuar porque existem órgãos que devem intervir. Por exemplo, o MINSA, para as inspeções, o INADEC (Instituto do Consumidor), o Ministério do Ambiente, devem fiscalizar e não no período diurno, é à noite como faz a polícia, porque é à noite onde acontece de tudo e mais alguma coisa. Temos de trabalhar todos juntos", concluiu.

Angola é o país lusófono em África com mais mortes causadas por covid-19. O país contabilizou até às últimas 24 horas um total de 7.622 casos do novo coronavírus, dos quais 247 mortes, 3.030 doentes recuperados, estando ativos 4.345, dos quais nove em estado crítico, com ventilação mecânica invasiva, 20 graves, 101 moderados, 411 com sintomas leves e 3.804 assintomáticos

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