Afeganistão: Enviado dos EUA alerta que violência ameaça processo de paz
O enviado especial dos Estados Unidos para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad, alertou hoje que os níveis "perturbadoramente altos" de violência ameaçam as negociações de paz em curso entre o governo afegão e os rebeldes talibãs.
© Reuters
Mundo Afeganistão
Há dias que os combates voltaram à província de Helmand, no sul do Afeganistão e um antigo reduto dos rebeldes. Os talibãs concordaram na sexta-feira suspender os ataques desde que os Estados Unidos interrompessem os ataques aéreos na zona.
Mas no domingo, um atentado suicida com um veículo armadilhado matou pelo menos 13 pessoas e feriu cerca de 120 outras na província de Ghor (oeste do Afeganistão). Embora o ataque não tenha sido ainda reivindicado, a suspeita recaiu sobre os talibãs.
"A violência persegue os afegãos há demasiado tempo. Demasiadas pessoas perderam entes queridos", escreveu Khalilzad na rede social Twitter, adiantando que a "tragédia em Ghor" era o "exemplo mais recente".
"Acreditar que a violência deve aumentar para obter concessões na mesa de negociações é muito arriscado. Tal abordagem pode minar o processo de paz", alertou.
Os talibãs ainda não reagiram às mensagens do enviado especial norte-americano.
A atual ronda de negociações de paz entre os talibãs e o governo afegão seguiu-se a um acordo em fevereiro entre os Estados Unidos e os rebeldes.
Apesar dos desafios, as discussões em curso representam o esforço mais sério até ao momento para acabar com décadas de guerra no Afeganistão, que se seguiram à invasão liderada pelos Estados Unidos em 2001.
A ofensiva derrubou o governo talibã que acolhia o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, cérebro dos atentados de 11 de setembro, responsáveis pela morte de quase três mil pessoas nos Estados Unidos.
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