Israel bloqueia vistos para Alto Comissariado da ONU
Israel recusa emitir vistos a membros do escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos há meses, depois da publicação, em fevereiro, de uma lista de empresas ativas nos colonatos ilegais, segundo um relatório divulgado hoje da ONU.
© Getty Images
Mundo Direitos Humanos
"Os pedidos de vistos não são recusados formalmente, mas as autoridades israelitas não concederam nem renovaram os vistos desde junho", afirmou Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
"Membros internacionais da nossa equipa tiveram que deixar Israel em agosto, depois dos seus vistos expirarem. E três membros internacionais nomeados em Israel não puderam assumir os seus cargos por falta de vistos", acrescentou.
Isto provoca "uma situação totalmente irregular", que impede o escritório de "cumprir as tarefas do mandato", continuou.
Israel não ofereceu explicação oficial, mas o bloqueio surgiu depois de o Alto Comissariado ter publicado, em fevereiro, uma lista de cerca de 100 empresas que operam em assentamentos israelitas nos territórios ocupados, considerados ilegais segundo os tratados internacionais.
As autoridades israelitas da época qualificaram esta publicação como "vergonhosa", acreditando que esta lista poderia ser usada em apelos ao boicote e anunciaram o fim de todas as relações com o Alto Comissariado.
Contactado hoje pela agência francesa AFP, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel disse não ter nada a acrescentar ao comunicado divulgado em fevereiro.
Rupert Colville disse que os escritórios do Alto Comissariado em Israel permanecem abertos, com 26 membros da sua equipa nacional e três internacionais.
"Ainda esperamos que a situação seja resolvida em breve", acrescentou.
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