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Mais de 100 monumentos confederados derrubados desde morte de Floyd

Mais de 100 monumentos confederados foram retirados da via pública nos Estados Unidos desde o homicídio do cidadão afro-americano George Floyd pela polícia, há cinco meses, no Minnesota, mas ainda há muitos que permanecem erguidos, foi hoje denunciado.

Mais de 100 monumentos confederados derrubados desde morte de Floyd
Notícias ao Minuto

06:34 - 15/10/20 por Lusa

Mundo Floyd

De acordo com o projeto "Whose Heritage?" ("Património de Quem?"), do Southern Poverty Law Center, uma organização de advocacia sem fins lucrativos, quase 1.800 monumentos e símbolos confederados -- a fação derrotada na Guerra Civil norte-americana, que decorreu entre 1861 e 1865 -- permanecem em tribunais, escolas, parques e outros espaços públicos.

Contudo, esta organização encontrou evidências de que mais de 100 monumentos foram retirados na sequência do homicídio de George Floyd, que espoletou uma onda massiva de protestos em todo o território norte-americano, atirando a injustiça racial para o centro da agenda mediática e política.

A responsável pela organização de advocacia Lecia Brooks explicitou, em comunicado citado pela agência espanhola Efe, estes símbolos "referenciam um exército seccionista que lutou para preservar (...) a escravatura e a supremacia branca", e, por isso, constituem "monumentos doloroso".

"A retirada destes símbolos envia uma mensagem potente: para nos podermos curar como nação, não podemos tolerar os símbolos confederados que honram e mitificam o passado cruel e carregado de ódio", acrescentou.

Bandeira, monumentos e quaisquer símbolos alusivos aos confederados começaram a ser retirados na sequência de um movimento a nível nacional que começou em 2015 depois do homicídio de nove cidadãos afro-americanos num templo metodista por um entusiasta da supremacia branca.

Este foi o mote para a criação do projeto "Whose Heritage?", dedicado à criação de uma base de dados sobre símbolos confederados em lugares públicos, para facilitar a sua localização e posterior remoção.

O afro-americano George Floyd morreu em 25 de maio, algemado, depois de o ex-agente Derek Chauvin pressionar o seu pescoço com um joelho durante vários minutos, indiferente aos apelos da vítima que se queixava de não conseguir respirar.

As imagens da morte de Floyd, filmadas por vários telemóveis, provocaram protestos em todo o mundo, aumentaram a tensão racial no país e contribuíram para o despedimento de Chauvin e de três outros agentes que o acompanhavam.

A libertação do caucasiano Chauvin, acusado de homicídio em segundo grau, terceiro grau e voluntário, levou o governador do Estado do Minnesota a ativar a Guarda Nacional para ajudar a manter a ordem nas ruas, antecipando possíveis protestos.

Entretanto, um juiz daquela cidade citou hoje "preocupações de segurança" ao determinar novas medidas de coação para a libertação do antigo polícia, acusado da morte de George Floyd, que lhe permitem viver num Estado vizinho enquanto aguarda o julgamento.

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