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Vizcarra acusa oposição de o querer destituir para adiar as eleições

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, disse hoje que o Congresso tem a intenção de o destituir para assumir o controlo do Governo e adiar as eleições presidenciais e legislativas marcadas para abril de 2021.

Vizcarra acusa oposição de o querer destituir para adiar as eleições
Notícias ao Minuto

23:21 - 13/10/20 por Lusa

Mundo Peru

"A intenção é de destituir o presidente para que o Congresso, sem presidente, possa tomar decisões como, por exemplo, adiar as eleições por alguns anos", vincou Martín Vizcarra em declarações à imprensa duranta a visita à região de Cajamarca.

O chefe de Estado reagiu desta forma ao anúncio do partido da oposição União Pelo Peru (UPP), de que vai apresentar um pedido de demissão contra o presidente, noticia a agência EFE.

Esta intenção surgiu após um colaborador da Justiça ter divulgado que Martín Vizcarra recebeu um suborno de uma empresa de construção em 2014.

Martín Vizcarra sublinhou hoje que a oposição pretende "mudar a estrutura política" do país para manter "por mais tempo a atual gestão do Governo", hipótese que considerou "inconveniente para a democracia peruana".

E lembrou que a constituição do Peru estabelece que, tanto o presidente como os deputados, sejam eleitos por um período de cinco anos e que, neste caso, termina em 28 de julho de 2021.

O presidente peruano referiu ainda que é favorável a que a justiça apure as denúncias contra ele e que "vá ao fundo da questão", garantindo que sempre agiu "corretamente e em benefício da população".

O Peru parece estar próximo de uma nova crise política, após no domingo um colaborador da Justiça ter divulgado que Vizcarra recebeu um milhão de soles (cerca de 236 mil euros) de uma empresa quando era governador da região de Moquegua, entre 2011 e 2014.

Esta denúncia, publicada pelo jornal El Comercio, surge como parte da investigação do caso 'Clube da Construção', que envolve uma conspiração formada por empresas estrangeiras e nacionais para assumir obras de infraestruturas públicas em troca de regalias.

O presidente do Peru rejeitou categoricamente a acusação e lembrou que "não é por acaso" que esta surge após ele próprio ter exigido que se avançasse com a investigação do grande caso de corrupção ligado à empresa brasileira Odebrecht.

O porta-voz da bancada da UPP no Congresso, José Vega, anunciou, logo após a publicação da denúncia, a intenção de recolher assinaturas para apresentar um novo pedido de destituição contra o presidente por suposta incapacidade moral.

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