Sudão. Governo diz que quebrou "gelo" com movimento fora do acordo de paz
O Governo sudanês disse hoje que conseguiu sentar-se e "quebrar o gelo" com o Movimento Popular de Libertação do Sudão/Setor do Norte, principal grupo armado do país que não assinou um acordo de paz em 03 de outubro.
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Mundo Sudão
O vice-presidente do Conselho Soberano Sudanês e líder da equipa de negociação do Governo, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, disse que se encontrou com o líder do Movimento Popular de Libertação do Sudão/Setor do Norte (SPLM-N na sigla em inglês), Al Helu, para "quebrar o gelo" e chegar a um acordo para retomar as negociações com o grupo, que se retirou da mesa de diálogo em agosto.
"Hoje, graças a Deus, encontrei-me com o meu irmão Abdelaziz al Helu e quebrámos o gelo entre nós (...) Agora, conseguimos chegar a um acordo" para retomar as negociações, disse Hemedti, sem dar pormenores sobre quando as duas partes se vão reunir.
O movimento de Al Helu retirou-se das negociações em 20 de agosto em protesto contra Hemedti, o líder da equipa de negociação do Governo e chefe da Força de Apoio Rápido, que é acusado de atacar civis em zonas de conflito.
Contudo, o líder do grupo armado assinou um documento no início de setembro, em Adis Abeba, capital da Etiópia, comprometendo-se a retomar as negociações de paz com o Governo sudanês.
No sábado passado, o Governo sudanês e os principais grupos armados do país, que fazem parte da Frente Revolucionária Sudanesa, assinaram um acordo de paz em Yuba para pôr fim ao conflito nas áreas de Darfur, Nilo Azul e Kordofan do Sul.
O acordo abrange múltiplas questões relacionadas com as regiões de Darfur, Kordofan do Sul e Nilo Azul, que sofreram com violência, marginalização e pobreza sob o regime do antigo Presidente do país Omar al-Bashir.
Al-Bashir, derrubado em abril de 2019, é acusado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade na guerra no Darfur (2003-2008).
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