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Nagorno-Karabakh: Azerbaijão nega ter bombardeado catedral arménia

O Azerbaijão negou hoje estar na origem do bombardeamento de uma catedral emblemática arménia em Nagorno-Karabakh, numa altura em que prosseguem os combates violentos no enclave separatista do Cáucaso.

Nagorno-Karabakh: Azerbaijão nega ter bombardeado catedral arménia
Notícias ao Minuto

16:20 - 08/10/20 por Lusa

Mundo Conflito

"As informações que dão conta dos danos na igreja de Choucha nada têm a ver com as ações militares do exército azeri, que não visam quaisquer edifícios ou monumentos históricos, culturais e, em particular, religiosos", afirmou o Ministério da Defesa do Azerbaijão.

Ao fim da manhã de hoje, o Governo de Erevan indicou que a histórica catedral construída por arménios no Nagorno-Karabakh ficou danificada ao ser atingida pela artilharia do Azerbaijão.

"As Forças Armadas do Azerbaijão bombardearam a catedral arménia da Salvação (Ghazanchetsots, em arménio) na cidade de Choucha", 15 quilómetros a sul de Stepanakert, disse o Centro de Informação do executivo da Arménia.

A comunicação governamental arménia foi difundida através da rede social Facebook e é acompanhada de fotografias do templo cristão, com frescos históricos no interior, atingido pelo fogo de artilharia.

Por outro lado, Stepanakert, a capital da autoproclamada República do Nagorno-Karabakh, foi novamente alvo dos bombardeamentos das forças do Azerbaijão, indicou a AFP.

Durante toda a madrugada, os sinais de alerta estiveram ativos em Stepanakert, enquanto os projéteis atingiam os alvos, tal como na noite anterior.

O balanço de baixas ainda não foi determinado.

Enclave separatista arménio em território do Azerbaijão, país vizinho do Irão, o território do Nagorno-Karabakh é palco de violentos combates entre forças arménias e azeris desde 27 de setembro

O Nagorno-Karabakh, habitado na época soviética por uma maioria arménia cristã e uma minoria azeri muçulmana xiita, efetuou a secessão do Azerbaijão após a queda da URSS, motivando uma guerra com 30.000 mortos e centenas de milhares de deslocados. A frente está congelada desde um cessar-fogo em 1984, apesar de confrontos regulares. 

Os dois campos rejeitam mutuamente a responsabilidade pelo reinício das hostilidades. 

No exterior, o receio consiste em que o conflito se internacionalize numa região, o Cáucaso do Sul, onde russos, turcos, iranianos e ocidentais possuem interesses, e quando Ancara encoraja a ofensiva de Baku e Moscovo está ligado a Erevan por um tratado militar. 

O Presidente azeri, Ilham Aliev, excluiu qualquer trégua sem uma retirada arménia do Nagorno-Karabakh e acusa a Arménia de pretender envolver a Rússia no conflito, através da sua aliança com Erevan na Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC). 

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