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ONU critica confrontos mortais na principal cidade portuária do Iémen

O enviado das Nações Unidas para o Iémen condenou hoje os recentes confrontos na cidade portuária de Hodeida, que causaram dezenas de mortos e feridos, pedindo às partes em conflito que parem os combates.

ONU critica confrontos mortais na principal cidade portuária do Iémen
Notícias ao Minuto

11:14 - 08/10/20 por Lusa

Mundo Iémen

Desde sábado que se registam confrontos entre os rebeldes Huthi e as forças governamentais a sul do porto de Hodeida, por onde passam 70% das importações do Iémen, comerciais e humanitárias.

Responsáveis iemenitas disseram na quarta-feira que tinham morrido 52 pessoas e que cerca de 70 ficaram feridas, incluindo duas dezenas de civis.

"Esta escalada militar constitui uma violação do acordo de cessar-fogo de Hodeida e contraria o espírito das negociações em curso, patrocinadas pela ONU e que visam alcançar um cessar-fogo a nível nacional, medidas humanitárias e económicas e o recomeço do processo político", disse o enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Martin Griffiths, num comunicado.

Griffiths adianta estar a acompanhar com "grande preocupação" as notícias sobre vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, pedindo às partes envolvidas que "parem imediatamente os combates, respeitem os compromissos que assumiram ao abrigo do acordo de Estocolmo", sobre o cessar-fogo em Hodeida, acordado em dezembro de 2018.

O acordo assinado na Suécia, que incluía também a troca de mais de 15.000 prisioneiros, era visto como um primeiro passo importante para acabar com o conflito, mas nunca foi totalmente aplicado.

O atual conflito no Iémen começou em 2014 com a tomada da capital Sanaa pelos rebeldes xiitas Huthi, apoiados pelo Irão. A partir de março de 2015, o governo reconhecido internacionalmente tem sido ajudado militarmente por uma coligação internacional liderada pela Arábia Saudita.

A guerra no Iémen originou a pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, deixando milhões com falta de alimentos e medicamentos e já matou mais de 112.000 pessoas, incluindo civis, de acordo com um projeto de uma base de dados que rastreia a violência.

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