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Jihadistas do Daesh julgados por tortura de reféns ocidentais na Síria

O Departamento de Justiça norte-americano divulgou hoje as acusações contra dois membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI) acusados de atos de tortura e decapitações de reféns ocidentais capturados na Síria.

Jihadistas do Daesh julgados por tortura de reféns ocidentais na Síria
Notícias ao Minuto

18:09 - 07/10/20 por Lusa

Mundo EUA

El Shafee Elsheikh e Alexanda Kotey são dois dos quatro homens apelidados de os "Beatles" pelos reféns que mantiveram em cativeiro, por causa de seu sotaque britânico, que aparecem hoje perante um tribunal federal no estado de Virgínia, contra quem um painel de jurados apresentou oito acusações, incluindo decapitações e tratamento bárbaro de trabalhadores humanitários, jornalistas e outros reféns, na Síria.

"Eles foram os líderes de um grupo brutal responsável pela tomada de reféns de cidadãos europeus e americanos, entre outros, entre 2012 e 2015", de acordo com a acusação.

As famílias das vítimas saudaram as acusações contra este grupo de membros do EI, num comunicado, dizendo que se trata de "um primeiro passo na busca da justiça".

Em julho de 2014, de acordo com a acusação, Elsheikh descreveu a sua participação num ataque do EI contra o exército sírio, em que enviou fotos de cabeças decapitadas às famílias dos reféns.

Capturados em janeiro de 2018 pelas forças curdas na Síria, Alexanda Kotey e El Shafee el-Sheikh foram colocados sob controle dos militares dos EUA, em outubro de 2019, no Iraque, devido a uma ofensiva turca no norte da Síria.

Os Estados Unidos haviam protocolado em 2015 um pedido de assistência jurídica mútua com as autoridades britânicas para obter provas contra os membros do grupo, a quem foi retirada a nacionalidade do Reino Unido.

Contudo, em 2018, Londres fez uma pausa nesta cooperação, numa decisão que valeu críticas internas e externas, por se ter abstido de pedir que a pena de morte não fosse aplicada aos acusados, caso fossem condenados.

O procurador-geral dos EUA conseguiu superar este impasse, no final de agosto, garantindo que o sistema judicial norte-americano não aplicaria a pena de morte aos dois 'jihadistas', permitindo o desenvolvimento do processo que agora chegou a tribunal.

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