Num comunicado conjunto, as três entidades alertam para o "clima de tensão e confrontação política" no país, depois de incidentes nos últimos dias envolvendo agressões a candidatos, confrontos entre militantes de diferentes partidos e assédio a um responsável da comissão eleitoral.
No texto, enumeram "progressos importantes no processo eleitoral boliviano", mas alertam contra a "confrontação política e crescente violência entre diferentes representações políticas e contra os meios de comunicação".
"Fazemos um apelo urgente a todos os atores políticos, em particular aos candidatos e seus militantes e simpatizantes, para que contribuam para um clima de paz e tolerância, que deve primar neste momento tão decisivo e histórico para a vida democrática do país", frisam.
Evocando "os grandes desafios que enfrenta a democracia boliviana", UE, ONU e Igreja realçam que "a capacidade de diálogo e concertação deve ser o instrumento primordial para, num ambiente de unidade e respeito, resolver a conflitualidade e superar a polarização política".
O apelo junta-se a posições no mesmo sentido tomadas pela comissão eleitoral, pelo Supremo Tribunal e pela Provedoria.
O Ministério do Interior anunciou por seu lado um plano de contingência para a polícia que prevê patrulhas especiais para impedir confrontos entre militantes.
A Bolívia elege a 18 de outubro o Presidente, vice-presidente, senadores e deputados.