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UE critica Minsk por pedir à Polónia e Lituânia redução de diplomatas

A União Europeia (UE) considerou hoje "lamentável" e "sem fundamento" o pedido da Bielorrússia para que a Polónia e a Lituânia reduzam a quantidade de diplomatas que têm em Minsk, assegurando que tal medida contraria o diálogo.

UE critica Minsk por pedir à Polónia e Lituânia redução de diplomatas
Notícias ao Minuto

13:49 - 04/10/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

"O pedido das autoridades bielorrussas para que a Polónia e a Lituânia retirem os seus embaixadores e reduzam de maneira significativa as suas representações diplomáticas em Minsk não tem fundamento e é lamentável", declarou num comunicado o Alto Representante da UE para os Assuntos Externos, Josep Borrell.

O dirigente espanhol acrescentou que a proposta "vai contra a lógica do diálogo e só isolará mais as autoridades em Minsk".

"Os intentos das autoridades bielorrussas de fixar como objetivo certos Estados-membros da UE não terão êxito na hora de debilitar a unidade da UE, que foi reafirmada com claridade no Conselho Europeu de 01 de outubro", indicou Borrell, citado pela agência Efe.

O responsável europeu recordou que na cimeira europeia todos os países da UE "pediram às autoridades bielorrussas para pôr fim à violência e à repressão, libertar todos os detidos e presos políticos, respeitar a liberdade de imprensa e a sociedade civil, e iniciar um diálogo nacional inclusivo".

No encontro dos chefes de Estado e Governo dos 27 países da UE, foi também acordado sancionar a Bielorrússia, num momento de crise no país devido às presumidas irregularidades nas eleições, em que o Presidente desde 1994, Alexander Lukashenko, obteve 80% dos votos.

O bloco comunitário publicou na sexta-feira a lista de 40 pessoas a quem aplicará sanções imediatas pela sua implicação na violência e repressão da oposição democrática depois das eleições, um grupo que não inclui Lukashenko.

A lista de sanções, como o congelamento de ativos ou a proibição de viajar à União Europeia, inclui vice-ministros, responsáveis das forças especiais, altos quadros dos serviços secretos, comandos policiais ou diretores de prisões da Bielorrússia.

O Governo bielorrusso chamou para consultas os seus embaixadores na Polónia e na Lituânia por considerar que ambos os países adotaram um papel "especialmente destrutivo" relativamente à Bielorrússia.

Ao mesmo tempo, Minsk pediu aos dois países para reduzir o número de representantes das suas respetivas embaixadas na Bielorrússia, para o ajustar ao das delegações de Minsk em Varsóvia e Vílnius.

A Lituânia teria que reduzir o número de diplomatas de 25 para 14 e a Polónia de 50 para 18, indicou o porta-voz bielorrusso Anatoli Glaz.

A Polónia e a Lituânia expressaram reiteradamente o seu total apoio à oposição bielorrussa depois das eleições do passado 09 de agosto, nas quais as autoridades eleitorais atribuíram 10% dos votos à líder da oposição Svetlana Tikhanovskaya.

Tikhanovskaya, atualmente no exílio na Lituânia, manteve reuniões de alto nível tanto em Varsóvia como em Vílnius.

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