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Sonho americano de 2 mil hondurenhos chega ao fim na Guatemala

O sonho de entrar nos Estados Unidos da América chegou hoje ao fim para cerca de 2.000 migrantes hondurenhos ainda na travessia pela Guatemala rumo ao México, travados pela fome e pelo exército guatemalteco.

Sonho americano de 2 mil hondurenhos chega ao fim na Guatemala
Notícias ao Minuto

23:55 - 03/10/20 por Lusa

Mundo Migrantes

A caravana de migrantes tinha entrado ilegalmente no país na quinta-feira de manhã e dispersou-se por vários pontos no norte da Guatemala, mas um dos seus maiores grupos cruzou-se com forças de segurança locais na sexta-feira depois de ter percorrido aproximadamente 250 quilómetros.

O bloqueio imposto pelo governo guatemalteco, com agentes da Polícia Nacional Civil e soldados do exército, teve lugar numa estrada em Petén, no norte do país, uma região que se encontrava em estado de prevenção por ordem do presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei. Os migrantes ainda tentaram convencer as autoridades a deixarem-nos prosseguir, mas sem sucesso.

Sob um calor intenso e elevada humidade, a caravana aguardou várias horas sem comida nem água e muitos revelaram à agência Efe estarem exaustos, depois de dormirem na berma da estrada, uma vez que os abrigos de migrantes não os podiam receber face à pandemia de covid-19.

Contrariamente a outras caravanas no passado, os migrantes hondurenhos não encontraram qualquer apoio de organizações internacionais ou mesmo de indivíduos que, a título pessoal, ajudavam com alimentos, água ou até um teto para pernoitarem em segurança.

Assim, a maioria decidiu hoje aceitar os autocarros proporcionados pelas autoridades guatemaltecas, que os devolveram à fronteira hondurenha. Segundo o governo da Guatemala, pelo menos 2.000 hondurenhos da caravana de migrantes regressaram ao seu país, enquanto outros milhares continuam para o México, mas em pequenos grupos.

No entanto, o México já colocou militares ao longo da sua fronteira com a Guatemala para travar os restantes elementos da caravana hondurenha. "Haverá centenas de membros dos serviços de imigração, da Guarda Nacional e das Forças Armadas", disse na sexta-feira o diretor do Instituto Nacional para as Migrações (INM), Francisco Garduño.

A falta de emprego, insegurança e violência criminosa são as razões pelas quais muitos hondurenhos migram todos os dias para outros locais, de acordo com fontes de entidades de direitos humanos.

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