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União Europeia saúda assinatura dos acordos de paz no Sudão

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, saudou a assinatura hoje dos acordos de paz entre o Governo sudanês e os principais movimentos armados do país, considerando que se trata de "um dia histórico".

União Europeia saúda assinatura dos acordos de paz no Sudão
Notícias ao Minuto

16:35 - 03/10/20 por Lusa

Mundo Josep Borrell

"Hoje é um dia histórico para o Sudão, os seus cidadãos e toda a região. Muitos trabalharam sem descanso e com valor para tornar este acordo de paz uma realidade. A UE seguirá ao vosso lado para o implementar", escreveu o alto-representante da UE para Assuntos Externos na rede social Twitter.

Num vídeo que acompanha a mensagem, citado pela agência Efe, o diplomata espanhol acrescentou que o Sudão é "um país a caminho de se converter num autêntico farol de esperança e estabilidade em toda a região".

Além de agradecer a quem trabalhou para concretizar o pacto, pediu aos grupos que ainda não se juntaram à iniciativa para "pôr o interesse das pessoas primeiro e fazer disto [do acordo] uma paz autêntica para todos os sudaneses".

Num comunicado citado pela Efe, o chefe da diplomacia europeia instou, de forma explícita, o Movimento Popular de Abdelaziz al Helu e o Movimento de Libertação do Sudão de Abdelwahid Nur a seguir o exemplo dos restantes grupos armados do país, e a se comprometerem com negociações "sérias" com o Governo.

"O caminho que resta em diante não será fácil, nunca é fácil, mas com o apoio da comunidade internacional e, sobretudo, com a lendária decisão do povo sudanês, esta paz pode concretizar-se", constatou no vídeo.

O Governo sudanês e os principais grupos armados do país, integrados na Frente Revolucionária do Sudão, afirmaram hoje um acordo de paz em Juba, no Sudão do Sul, onde no dia 31 de agosto selaram um acordo preliminar com a mediação do sul-sudanesa.

O acordo foi assinado por três integrantes da delegação governamental, encabeçada pelo vice-presidente do Conselho Soberano do Sudão, o general Mohamed Hamdan Dagalo (conhecido como Hemedti), junto a mais de dez representantes de diferentes movimentos armados e ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, como mediador.

O acordo inclui múltiplas questões relativas às regiões do Darfur, Cordofão do Sul e Nilo Azul, que sofreram de violência, marginalização e pobreza debaixo do regime do antigo presidente Omar al Bashir, derrubado em abril de 2019 e acusado de genocídio, crimes de guerra e de lesa-humanidade na guerra do Darfur (2003-2008).

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